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O paleontólogo Alexander Kellner lidera visita guiada da mostra Mundo JurássicoO paleontólogo Alexander Kellner lidera visita guiada da mostra Mundo Jurássico

Mundo Jurássico revisitada

(Rio de Janeiro, brpress) - Paleontólogo Alexander Kellner fala sobre a mostra, já vista por 230 mil pessoas em diversas cidades, agora em temporada carioca.

(Rio de Janeiro, brpress) – Uma exposição que se tornou um sucesso entre a garotada, Mundo Jurássico, j

(á foi vista por 210 mil pessoas em diversas cidades brasileiras e  cumpre agora temporada carioca no Extra 24h, da Barra, até 20/03, onde já atraiu 20 mil visitantes. A mostra em si, com réplicas de dinossauros, já é uma atração e tanto. Mas em meados de fevereiro, recebeu a visita do renomado paleontólogo brasileiro Alexander Kellner.

    Kellner realizou visitas guiadas falando sobre sua especialidade – dinossauros –, e orientou visitantes sobre como tocar em alguns fósseis, que fazem parte de uma exposição fixa no Museu Nacional (UFRJ), nunca antes tocados. Entre eles, havia parte da perna (fêmur) de um dinossauro com 20 metros, que viveu há 80 milhões de anos no Brasil.

    A brpress conversou com o paleontólogo que, desde 1997, se dedica à pesquisa de vertebrados fósseis, particularmente aos encontrados em depósitos cretáceos. Para Kellner, além de “uma iniciativa para a democratização do conhecimento científico” sua interação com o público da mostra foi uma tremenda curtição.

A exposição Mundo Jurássico já passou por diversas cidades no Brasil e, somente no Rio, já recebeu mais de 20 mil visitantes. É possível dizer que o universo dos dinossauros exerce uma atração forte nos brasileiros?
Alexander Kellner – Esta pergunta foi muito bem respondida em 1999, quando fizemos a exposição No Tempo dos Dinossauros que, na época, foi record de público. Sim, as exposições desses animais extintos e de outros simplesmente fascinam as pessoas.
 
Como analisa o interesse do público por estes animais e qual a importância de se falar sobre essa parte da história do planeta, que aconteceu há milhares de anos?
AK – Essa foi uma experiência muito boa – a de poder fazer um tour mostrando um pouco a exposição ao público e, o mais importante, respondendo as inúmeras perguntas feitas. De uma forma geral, vejo público não apenas interessado, mas também bastante participativo. As pessoas não se contentam em saber apenas sobre os dinossauros expostos, mas querem saber sobre os dinossauros do Brasil – o que é muito legal. Aliás, já imaginou uma exposição dos dinossauros do nosso país viajando o mundo? Com certeza, seria um bom investimento.

Você tem 238 publicações, entre elas o livro Pterossauros: Os Senhores do Céu do Brasil. Há muita procura por informações pelo público em geral sobre dinossauros além dos trabalhos de escola? O título do livro sugere que os Pterossauros eram muito presentes no Brasil, mas que tipos de dinossauros viviam aqui?
AK – Sim. Posso garantir que existe a procura. Hoje mesmo, tinha uma menina que precisava fazer um trabalho para a escola e foi ver a exposição. Ela ficou muito contente de também encontrar à venda na exposição o livro sobre os Pterossauros, que podem ser considerados como irmãos dos dinossauros.
    
    O destaque do Brasil justamente são os Pterossauros, particularmente os encontrados no nordeste, em uma região chamada Chapada do Araripe. Nela, foram encontradas mais de trinta espécies desses animais alados – o Anhanguera, o Cearadactylus, o Brasileodactylus e Thalassodromeus – que são muito bem preservados e encantam não apenas os pesquisadores, mas o público em geral.

Falar sobre dinossauros e a época em que viveram pode gerar algumas confusões com nomes e períodos de tempo. Como você procura trabalhar em seus livros a questão da linguagem? Como paleontólogo, qual o desafio de se fazer algo mais simplificado e de fácil compreensão para todos?
AK – Você sabe que sempre me surpreendo como as crianças sabem muita coisa sobre os dinossauros e outras formas extintas, incluindo os nomes. Uma vez estive em uma palestra para crianças de sete anos e até os nomes mais difíceis elas sabiam. Fiquei surpreso.

    Vários visitantes conheciam a maioria dos dinos expostos e  suas histórias principais – inclusive a teoria que um deles teria dois cérebros (diga-se de passagem, hoje em dia descartada pelos pesquisadores).
 
    Confesso que sempre fico apreensivo para não “dar uma aula” ou fazer uma apostila, e sim passar a informação como se estivesse conversando na mesa de algum bar (quando falamos de adultos) ou de uma lanchonete (quando falamos de crianças). E funcionou!

Qual a importância de projetos como a exposição Mundo Jurássico? Como e com base em que o ambiente da exposição foi reconstruído, trazendo sonorização e movimentos precisos dos dinossauros? O quão perto da realidade a exposição está?
AK – A importância de projetos como o Mundo Jurássico é o de apresentar uma reconstituição dos dinos, de como eles poderiam ser e se mover no passado longínquo. Algo assim sempre fascina as crianças e as pessoas “não tão crianças”, levando-as como se fosse a uma viagem no tempo.

    Este tipo de projeto faz com que uma exposição assim fique na memória de todos os visitantes, que passam a se interessar mais sobre a paleontologia e a ciência em geral. É uma iniciativa para a democratização do conhecimento científico.
 
    Sobre a realidade, sempre tem um ou outro ponto que poderia ser diferente. Mas, em linhas gerais, acho que a exposição cumpre o seu objetivo, que é o de mostrar um pouco do que foi o mundo desses répteis que há milhões de anos dominavam o nosso planeta.

Como surgiu a ideia de fazer uma visita especial para pessoas com deficiência visual? O que foi preparado para este tour?
AK – Na verdade, foi uma experiência bem diferente. Nem todas as crianças podiam entender tudo o que foi apresentado, mas deu para perceber como elas vibravam com o som e os movimentos dos dinossauros. Foi bem legal. Espero que tenham outras.
 
BOX – Mostra tem T-Rex de sete metros
                                                                               
(brpress) – Com alta tecnologia de iluminação, sonorização e movimentos precisos, a exposição Mundo Jurássico proporciona a adultos e crianças uma experiência única e uma verdadeira viagem no tempo.

    Com investimento de US$ 1,5 milhões,  a exposição produzida pela Conexão Cultural conta com guias especializados, um filme explicativo de 10 minutos e apresenta réplicas robotizadas, em tamanho natural, que simulam som e movimento de animais pré-históricos, como o Tiranossauro Rex, de sete metros de altura.

    Nem os rugidos altos e temíveis, que passam ainda mais realismo à exposição, assustam o público curioso em conferir os 25 robôs e seis replicas de esqueletos de dinossauros expostos em um salão de 2 mil metros quadrados.
 
Ambientação e interação

    Durante a visita à exposição, de aproximadamente 40 minutos, o público percorre os quatro ambientes projetados por técnicos especializados em cenários cinematográficos, museólogos, arquitetos e paisagistas, garantindo um visual próximo à realidade da época.

    A exposição também conta com uma área interativa, onde as crianças poderão simular escavações de fósseis em areia higienizada, desenhar e colorir o que aprenderam e mover as robôs por meio de joysticks.

    Há ainda textos sobre a história da humanidade, antes e depois do surgimento do homem, explicando a classificação dos dinossauros, fósseis, entre muitas outras curiosidades. A atração, que já passou por São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Belém, Manaus e Salvador, é mais uma prova de que, extintos há mais de 65 milhões de anos, os dinossauros continuam despertando no imaginário coletivo fantasias e questionamentos.
 
Serviço:
Exposição Mundo Jurássico
Avenida das Américas, 1510 – Barra da Tijuca – Anexo ao Extra 24h – Rio de Janeiro
Visitação: até  20/03
Horário de Funcionamento: Terça a sexta 14h às 22h ; Sábados, domingos e feriados 11h às 22 horas.
Ingressos: Terça a sexta, R$50,00 (inteira) R$ 25,00 (meia)
sábados, domingos e feriados, R$ 60,00 (inteira) R$ 30,00 (meia).
Vendas pelo www.ingressorapido.com.br ou no local.
Adultos com crianças também pagam meia entrada.

(Colaborou Gabriel Bonis/Especial para brpress)

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