Até que enfim!
(São Paulo, brpress) - Terminou a longa primeira fase do Paulistão. Agora o campeonato vai começar de verdade com os jogos de quartas de final. Mais: Copa e legado. Por Márcio Bernardes.
Márcio Bernardes*/Especial para brpress
(São Paulo, brpress) – Terminou a longa primeira fase do Paulistão. Agora o campeonato vai começar de verdade com os jogos de quartas de final. E é uma pena que por causa do calendário apertado teremos apenas um jogo, o que acaba sendo injusto com as equipes que se classificaram a partir do quinto lugar.
O ideal seria que, tanto agora quanto nas semifinais, as partidas fossem realizadas com duas decisões. Mas como os “gênios” da cartolagem nunca buscaram a coerência, há algum tempo temos de conviver com esses desmandos.
Já se esperava um clássico nessa fase. Confirmou-se o jogo entre Santos e Palmeiras, que será realizado na Vila Belmiro, por causa da melhor campanha do Santos nessa fase que acabou.
O Corinthians terá de ir à Campinas enfrentar a Ponte Preta, invertendo o mando de campo em relação a 2012. E, como aconteceu no ano passado com a vitória da Macaca, não será nenhuma novidade se o Timão desbancar o adversário e se classificar para a semifinal.
Mogi Mirim e Botafogo farão o jogo de menor prestígio e tudo pode acontecer. O Mogi leva uma pequena vantagem por causa do fator campo e torcida. Mas a equipe de Ribeirão Preto provou em várias partidas que vende caro uma derrota. A exemplo do clássico de Santos, tudo pode acontecer nessa partida.
Finalmente, o São Paulo, que recebe o Penapolense no Morumbi, segue como franco favorito. Mas esse favoritismo somente será confirmado caso o time jogue o que se viu contra o Atlético-MG na quarta-feira passada. Neste domingo, contra o Mogi Mirim, o Tricolor foi apático e não mereceu mesmo a vitória, que não fez falta, pois o time entrou em campo com a primeira colocação já garantida. Mas se não mostrar determinação, pode haver surpresa.
Obras para a Copa do Mundo
Em 2007, quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa de 2014, garantiu-se que tudo seria feito com investimentos da iniciativa privada. Nada disso aconteceu e o que se vê é o desperdício do dinheiro público na construção de estádios que se transformarão, depois do evento, em verdadeiros elefantes brancos.
Há certeza que essa dinheirama gasta em Brasília, Natal, Cuiabá e Manaus, principalmente, não se transformará em legado para a população. Pior do que isso é que não se vêem necessárias obras nas cidades e no entorno dos estádios. Metrô, hospitais, avenidas e outros benefícios para a população foram relegados para segundo plano.
Ainda há tempo e espera-se que a Copa seja lembrada como um grande evento e um motivo para se ampliar benefícios para o povo. Depois de julho do ano que vem, quando acabar a festa, fatalmente a euforia vai baixar e é possível que o povo reconheça que mais perdeu do que ganhou.
Autoridades; atenção, atenção!
(*) Comentarista de esportes, com diversas Copas e dez Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo email [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou Facebook.