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Debate mais ampliado

(Johanesburgo, brpress) – Não é possível ficar apenas na definição do nome do novo técnico. Há necessidade de se elaborar um longo programa visando a Copa de 2014 e Olimpíadas. Por Márcio Bernardes.

(Johanesburgo, brpress) – Poderíamos expandir a discussão sobre o futuro da seleção brasileira. Não é possível ficar apenas na definição do nome do novo técnico. Há necessidade de se elaborar um longo programa visando a Copa de 2014 e as duas próximas Olimpíadas.

Ninguém quer uma reformulação geral e indiscriminada, mesmo porque, para isso, há necessidade de se mesclar os jovens com os mais experientes. Temos uma boa geração que precisa ser preparada. E não podemos esquecer que, no ano que vem, tem pré-olímpico. E não perderemos de vista a Olimpíada de 2016 e até a Copa de 2018.

O planejamento deve ser sério e pouco político. Se bem que há muito conchavo nessa hora e em tudo quando o assunto é CBF. 

O Brasil não precisará disputar os jogos eliminatórios para a Copa de 2014. Se não marcarem partidas amistosas com boas equipes e dentro de uma frequência considerável, poderemos sucumbir.

Os jogos e treinos são necessários durante alguns anos. Principalmente quando se fala em renovação. Mas um bom planejamento de longo prazo é imprescindível.

BASTIDORES

Fúria 

A vitória da Espanha foi justa. Conseguiu segurar o bom toque de bola da Alemanha e dominou o jogo todo com categoria. Já se prevê uma final eletrizante, com ótimo nível. Holanda e Espanha jogam no estilo sul-americano, que, pelo jeito, foi esquecido por Dunga. Sinal de que se pode ter objetivos. Mas sem perder a categoria jamais.

2014 

Gilberto Kassab visitou o IBC. E aproveitou para declarar que a abertura da Copa de 2014 não será em São Paulo. O fato vai provocar reações. É inadmissível relegar o maior estado do país a meros jogos de um Mundial. É como comparar São Paulo com Natal, Cuiabá e as demais sedes. Sem nenhum desprezo por essas cidades. Isso vai dar pano pra manga.

Lula lá

É impressionante a popularidade do presidente Lula entre os africanos. Sua vida e história são conhecidas, comentadas e reverenciadas. O presidente brasileiro sabe surfar nas ondas que favorecem seu prestígio. E não esconde a segurança daqueles que estão por cima.

Zuma aqui 

Popularidade em alta também tem o presidente sul-africano, Jacob Zuma. Ele administra conversando com o povo e sabendo de perto as suas necessidades. E que não são poucas. Na abertura da Copa, deu para perceber a forma como ele foi recebido pela galera no Soccer City.

Parabéns

Nelson Mandela vai comemorar 92 anos no dia 18 de julho. A grande imprensa que cobre a Copa já não estará mais no país. Mas a data será relembrada nos quatros cantos do mundo e muito celebrada aqui na África do Sul. Debilitado e com pouquíssima saúde, o grande líder vive escondido e poupado de turistas e curiosos.

2014 II

A Fifa distribuiu convite para o evento desta quinta-feira (08/07), no Soccer City. A Copa de 2014 passa a ser o assunto da hora. Ricardo Teixeira e Jerome Valcke concederão entrevistas, ao lado de Romário e Carlos Alberto Parreira. Já se especula a razão de Pelé não estar presente. Vai ter fofoca, muita fofoca. Quem viver verá! 

TOQUE FINAL

Soweto lembra nossas favelas

Visitei Soweto. A história do bairro é tenebrosa. E emocionante. Durante o Apartheid, os negros eram confinados àquela área e de lá só poderiam sair com salvo-conduto para trabalhar em Johanesburgo.

A polícia branca era rigorosa e radical. Transporte sempre foi precário e condição mínima de vida quase nenhuma. 

A educação para crianças e jovens era oferecida informalmente por gente que tinha algum tipo de formação cultural. Hospitais, centros sociais e outras conquistas de qualquer povo inexistiam.

Igrejas camufladas eram construídas. Os locais serviam para encontros dos insurgentes. A polícia, cada vez mais violenta, reprimia encontros de duas ou três pessoas em uma esquina.

A aparência do Soweto é igual à de nossas favelas. E o povo daqui sofria mais com o frio que todo ano chega a zero grau ou menos do que isso.

A casa onde viveu Nelson e Winnie Mandela é um museu e também serve para muitas reflexões. O museu em homenagem ao jovem Hector Peterson é um marco para aqueles que morreram por uma causa. Nobre causa!

Reconhece-se muitos avanços. Ruas e Avenidas foram pavimentadas, casas, hospitais e escolas foram construídos.

Falta muita coisa, mas muita mesmo! Uma coisa, porém, move o ser humano: os negros do Soweto não perderam a esperança.

(*) Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo e-mail [email protected]  ou pelo Blog do Leitor.

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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