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Mal, muito mal!

(Durban, brpress) - Alterações de Dunga não deram resultado; Julio Baptista não substituiu Kaká à altura. Daniel Alves foi inoperante, Elano fez falta e Robinho muito mais. Por Márcio Bernardes.

Márcio Bernardes*/Especial para brpress

(Durban, brpress) – Não gostei do jogo e muito menos da seleção brasileira. As alterações de Dunga não deram resultado. Como ele deve estar lamentando não ter convocado Ganso ou Ronaldinho Gaúcho… Julio Baptista não substituiu Kaká à altura. E Daniel Alves foi uma peça inoperante no meio campo. Elano fez falta e Robinho muito mais.

A seleção que Dunga trouxe para a África não tem o objetivo de empolgar. Pragmático, o treinador busca o objetivo. Ele não está preocupado em agradar jogando e exibindo um belo jogo.

Há quem prefira assim. Não estou incluindo nesse time. Acostumei-me com a tradição do futebol brasileiro, produto de exportação do nosso país. Em qualquer lugar do mundo, quando alguém se identifica como brasileiro, sempre alguém menciona com alegria Pelé, Zico, Ronaldo & Cia.

Dunga pertence a três gerações diferentes do futebol brasileiro: aquela fracassada de 1990, a vencedora, sem entusiasmar ninguém, de 1994, e a de 1998, que também não mostrou grande futebol, apesar de ter chegado a final.

Precisamos torcer para que Dunga-treinador seja uma mistura de 94 e 98 melhorada.

BASTIDORES

Canarinhos

O Shopping Gateway é o mais bonito, amplo e moderno da cidade de Durban. Fica em Umhlanga, o melhor bairro da cidade. Belas lojas e bons restaurantes. Tornou-se o ponto de encontro da torcida brasileira. Milhares de canarinhos passam por ali.

Honda

Desconhecido até esta Copa do Mundo, o meia atacante Honda da seleção japonesa é um dos jogadores mais badalados da competição. A campanha japonesa merece aplausos e toda delegação vive momento de glória. A classificação inconteste comprova que não tem mais japonês no jogo.

Encantados II

Maradona continua distribuindo sorrisos e troca com a imprensa argentina palavras e olhares carinhosos. Os jornalistas, em retribuição, nas coletivas, fazem perguntas amenas e nada comprometedoras. Ninguém lembra mais os momentos tensos vividos no ano passado entre as partes.

Muito barulho por nada

As vuvuzelas tornaram-se paixão de torcedores de todos os países. Não há quem não tenha comprado o instrumento. Em breve estará a venda no Brasil. É bom dizer mais uma vez que o barulho é insuportável. Parece que a galera está gostando mais da algazarra do que do jogo.

Patrícios

Impressionante a confraternização de brasileiros e portugueses na cidade e nos arredores do estádio. Parecia que torceriam pelo mesmo time. Tenho dito há muito tempo que torcida de Copa do Mundo é completamente diferente da galera que vai aos estádios brasileiros.

Classe

Emocionante a execução dos hinos de Portugal e do Brasil, antes da partida de Durban. As vuvuzelas, em sinal de grande respeito, silenciaram. As duas torcidas mostraram educação e patriotismo. Parecia uma sala de teatro. Eu não havia visto isso ainda nesta Copa.

TOQUE FINAL

Do céu em 2006 para o inferno em 2010. Marcelo Lippi experimentou inesperadamente a glória, conquistando a Copa do Mundo na Alemanha. Convenhamos que aquela Itália, aliás, melhor do que essa que veio à África, mesmo assim, não tinha pegada para ganhar o Mundial.

Lippi viveu, nesses quatro, anos momentos de alegrias e tristezas. Até porque em alguns momentos das Eliminatórias, a Squadra Azzurra não esteve desempenhando um bom futebol.

Com a pífia campanha aqui na África, os italianos retornam a casa com um retrospecto indigno de uma seleção que tem tanta tradição e conquistas.

A exemplo do que aconteceu na França, com a péssima campanha africana, o que se espera agora é que o investimento nas escolinhas que revelam jogadores seja mais incrementado.

Quem gosta de futebol não pode deixar de lamentar esse quadro. Itália e França são duas escolas campeãs, tradicionais, com torcidas apaixonadas. Os cartolas, até por conta da demagogia e para salvar sua pele, estão prometendo mudanças.

Tomara!

(*) Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo e-mail [email protected] ou pelo Blog do Leitor.

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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