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Paixão pelo Brasil

(Durban, brpress) - O time para o qual os sul-africanos vão torcer está escolhido. São apaixonados pelo estilo do futebol brasileiro. Mais: bastidores e a fraternidade é uma bola. Por Márcio Bernardes.

Márcio Bernardes*/Especial para brpress

(Durban, brpress) – Apesar de tão pouco tempo, já é possível dizer que esta cidade só perde em beleza para Cape Town. Aqui não tem a Table Montain, nem o Waterfront. Mas as praias são lindas.

É nesse cenário que o Brasil enfrentará Portugal nesta sexta-feira (25/06). O jogo vai definir principalmente quem será o primeiro colocado do grupo. E dificilmente haverá café com leite para prejudicar a Costa do Marfim.

Os africanos são favoritos contra a fraca Coréia do Norte. Devem somar, portanto, 4 pontos. Portugal já atingiu esse número e tem a vantagem do imenso saldo de gols.

Claro que, para os portugueses, o ideal seria um empate. O Brasil seria o primeiro do grupo com 7 pontos e Portugal chegaria em segundo com 5.

Mas o futebol não é assim tão pragmático. E Dunga sabe que tem de matar um leão por dia. Vai jogar, portanto, pra vencer e convencer.

As arquibancadas do bonito estádio Moses Mabhida, um antigo líder regional, estarão divididas. Por aqui moram muitos brasileiros e portugueses. Claro que bem menos do que a comunidade indiana, que passa de 1 milhão de habitantes.

O time para o qual os sul-africanos vão torcer está escolhido: é o Brasil. Tudo isso por causa de uma tradição de décadas. Eles são apaixonados pelo estilo do futebol brasileiro e falam com naturalidade de Pelé, Zico, Falcão e Ronaldinho.

BASTIDORES

Luxo

Estou hospedado no hotel City Lodge, localizado no bairro de Umhlanga. É o melhor e mais sofisticado da cidade. A região não parece a África do Sul. Tem ruas largas, bonitas e arborizadas. As principais avenidas têm coqueiros que lembram nosso Nordeste.

Grosseria

Não bastassem todas as críticas que tem recebido, Reymond Domenech acrescenta mais uma página deplorável em seu currículo. Não aceitou os cumprimentos do seu colega Carlos Alberto Parreira. O fato, logo após França e África do Sul, mostra o desespero do francês.

Sabonete

Cruzei com Joseph Blatter casualmente no Shopping Center da Mandela Square. Ele estava acompanhado apenas de uma assessora e ia a um restaurante jantar.  Perguntei-lhe sobre o Morumbi na Copa de 2014. Ele sorriu, desviou, desculpou-se e não respondeu o que eu queria.

Flamenco

A Espanha recuperou parcialmente o prestígio vencendo Honduras. Mas Vicente del Bosque, com razão, não gostou do seu time. De qualquer forma, essa vitória facilitará a classificação espanhola para a próxima fase.

Au revoir

Entre os europeus, antes favoritos, a França já foi embora.

Sangue bom

Um dos jogadores mais queridos do atual grupo brasileiro é Gilberto Silva. Tranqüilo e bom papo, ele consegue agregar e se interessa em ajudar a todos que o procuram. O comportamento do mineiro tem sido elogiado por todos e só acrescenta para um bom ambiente.

Encantados 

Conversei com Ricardo Almero, velho conhecido de Copas do Mundo. Ele contou-me que aconteceu uma transformação radical no relacionamento da imprensa argentina com Diego Maradona. Na fase de classificação, eles não se entendiam. Agora com as vitórias a fase é de amor total.

TOQUE FINAL

A fraternidade é uma bola

Copa do Mundo nos oferece imagens singulares e que, pela importância e simbolismo, muitas vezes representam o pluralismo. Mais de 200 países estão aqui representados pelos seus jornalistas. A imprensa de todo mundo registra o maior evento do planeta.

Com toda essa atração, cada profissional procura usar a criatividade e oferecer o que há de mais interessante para seu público.

Câmera e diretor de TV da partida entre África do Sul e França mostraram um segundo que representa muitas horas de alegria e reflexão.

Só quem estudou, leu e pesquisou sobre a história desse país entenderá como um simples abraço sepultou uma página triste da África do Sul.

Duas torcedoras, uma negra e uma branca, no intervalo do jogo, se abraçaram, comemorando com alegria, o resultado favorável para sua seleção. Gesto simples e que teria pouca importância se não fosse o Apartheid.

Isso era impensável até 20 anos atrás. Graças a gente como o negro Mandela e o branco De Klerk, a África não tem mais essa vergonha a mostrar para o mundo.

Mandela e De Klerk, prêmio Nobel da Paz, líderes indiscutíveis, ajudaram a transformar a história. Até porque não se pode discriminar o ser humano sob qualquer pretexto, principalmente a sua cor.

(*) Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo e-mail [email protected] Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou pelo Blog do Leitor.

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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