Um Rothschild ‘podre’ de verde

(brpress) - Jeitão "bicho-grilo" desencanado do ambientalista galã disfarça o peso de seu sobrenome: ele é herdeiro do império do banqueiro Rothschild e está no Brasil em expedição amazônica e para o SWU.

brpress) – Quem vê cara – e atitude – não vê bolso. Esse máxima vale para o ambientalista galã David De Rothschild, 33 anos, um dos palestrantes do Fórum de Sustentabilidade do festival SWU, que acontece de sexta a segunda-feira (12 a 14/11), em Paulínia (SP), e que está no Brasil empreendendo uma expedição na Amazônia. O jeitão “bicho-grilo” desencanado do moço bonito disfarça o peso de seu sobrenome: ele é herdeiro do império do banqueiro Mayer Amschel Rothschild.

Considerado por isso o melhor partido do Reino Unido, quiçá do mundo, o solteiro londrino David é o caçula dos três filhos de Victoria Schott e do ricaço Sir Evelyn De Rothschild. Ele traz o nome do meio Mayer, em homenagem ao banqueiro. Mas está longe de ser um playboy preocupado somente com seu próprio umbigo. De campeão de equitação e naturopata formado, David se transformou num dos mais ativos defensores e estudiosos do meio ambiente.

Conquistas

Desde que comprou uma fazenda orgânica na Nova Zelândia, até sair numa viagem pelo Pacífico a bordo de um catamarã feito de garrafas pet usadas para denunciar a poluição dos mares, em 2010, David De Rothschild ganhou o prêmio Emerging Explorer, da National Geografic, foi apontado embaixador internacional da ONG Clean Up The World e nomeado Jovem Líder Global, pelo Fórum Econômico Mundial.

A bordo do Plastiki [LINK http://www.theplastiki.com/], como o barco de pet foi batizado, zarpou de São Francisco (EUA) e percorreu 11 mil milhas até chegar em Sidney (Austrália), usando energia solar, eólica e turbinas marítimas. Antes de encarar essa viagem, em 2006, Rothschild passou mais de 100 dias no mar, atravessando o oceano Ártico da Rússia para o Canadá, para chamar a atenção sobre a sobrevivência dos ursos – feito realizado por apenas 42 pessoas no mundo, sendo ele o mais jovem britânico a dar conta da façanha. Ele também é um dos 14 aventureiros a atravessar a Antártica e membro de uma equioe que quebrou o recorde da mais rápida travessia da Groelândia.

Em 2007, o ecologista esteve no Equador, onde viu de perto os efeitos que o lixo tóxico causa às populações indígenas e ao meio ambiente. Essa semana, de carona no SWU, David De Rothschild inicia uma jornada pela região do rio Xingu, na Amazônia. A expedição, que faz parte do projeto ARTiculate, do movimento MYOO, reúne arte, ecologia e aventura.

Belo Monte

A ideia é viajar pela floresta e discutir mais sobre o impacto que a construção da Usina de Belo Monte trará sobre a região. Junto com a organização não-governamental Amazon Watch, David De Rothschild quer refletir com as crianças das comunidades locais sobre os impactos da usina, em Belo Monte. Como marco e legado, a expedição vai criar gigantescas instalações de arte que representem a biodiversidade dessa região amazônica.

No SWU, David De Rothschild fala sobre Água – Segurança hídrica: conflitos, gestão e compromissos (painel 5), na manhã de segunda (14/11), com Céline Cousteau, Fabio Feldman, Jon Rose e Milena Boniolo.