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Talytha Pugliesi desfila look de Geraldo Couto na Casa dos Criadores.Marcelo Soubhia/Agência FotositeTalytha Pugliesi desfila look de Geraldo Couto na Casa dos Criadores.Marcelo Soubhia/Agência Fotosite

Pra ficar de olho neles

(São Paulo, brpress) - Acontecendo até esta quarta (26/05), Casa de Criadores é voltada a marcas jovens e projetou Ronaldo Fraga, Marcelo Sommer e Mário Queiroz. Lucianno Maza conferiu.

(São Paulo, brpress) – Na última segunda-feira (24/05) teve início a edição verão 2011 da Casa de Criadores. O evento, dirigido por André Hidalgo e voltado a marcas jovens, abre oficialmente a temporada das semanas de moda no Brasil, e já projetou nomes como Ronaldo Fraga, Marcelo Sommer, André Lima, Jum Nakao e Mário Queiroz.

Com a ida do destacado João Pimenta para a São Paulo Fashion Week, as atenções da moda masculina na sala de desfiles do Shopping Frei Caneca se voltaram para a Der Metropol, de Mario Francisco, que, com um atraso de 45 minutos, abriu a primeira noite de desfiles da CDC.

Pirâmides

Partindo do Egito Antigo, para apresentar uma coleção masculina com ares refrescantes e com apelo comercial, o estilista apresentou looks onde o azul era predominante, com sua típica modelagem estruturada agora mais flexível e confortável, e a mistura de materiais mais esportivos e outros mais ricos.

Apesar de bonita, a estampa de penas mostrou-se um pouco entediante, diferente dos bons resultados de alfaiataria, especialmente nas calças e bermudas. Certamente, a Der Metropol caminha para um bom resultado comercial para a moda masculina, sempre carente de boas marcas e propostas.

Barroco

Voltado à moda festa, Rodrigo Rosner deu continuidade a pesquisa em torno do universo do Leste Europeu, mais precisamente da Hungria, terra de sua família. A mulher que o estilista trouxe para a passarela está rebuscada numa estética quase barroca, mas com shapes mais leves como pede o verão.

O grande destaque da coleção – que aposta no branco e no dourado, com muitas transparências e volumes pontuais – é o belo trabalho com bordados, rendas e pedrarias, simplesmente encantador. O ponto crítico foram as formas, irregulares ao longo do desfile.

É uma moda voltada a grandes festas e acontecimentos, cuja dramaticidade beira o teatral, mas que, desdobrada, pode render peças perfeitamente consumíveis pelas mais elegantes e sofisticadas. Lembrando em alguns momentos o último desfile de Alexander McQueen e a coleção de inverno de 2009 de Samuel Cirnansck, outra cria da CDC, Rosner mostrou sua personalidade fashion.

“Originalidade”

Weider Silveiro e Mark Greiner tiveram como tema de sua coleção para a Purpure, a modificação corporal. Numa espécie de ode à cirurgia plástica, ficou-se na expectativa de momentos mais bizarros, ao clima da extinta série Nip/Tuck ou dos clipes de Lady Gaga, mas o que se viu foram poucas boas ideias conceituais perdidas numa coleção que lembrava a categoria de originalidade dos antigos desfiles de fantasia do Hotel Glória (RJ).

O principal motivo para isso foi a falta de qualidade nos materiais e na execução (com sérios problemas de acabamento), bem como e a pobreza de recursos como o uso de prendedores para esticar as peças ou adereços baratos. Figurativa, a marca trouxe muito silicone e sintéticos, se saindo melhor nos maiôs (especialmente os com transparência fumê), que surgiram na passarela após o divertido modelo nude com peitos gigantes.

Estruturado

Em sua primeira coleção após ter ascendido do Projeto Lab ao line up principal da CDC, Jadson Ranieri mostrou a que veio e que sua promoção é mais que merecida, apresentando um homem contemporâneo com ares de dândi moderno e andrógino.

A rigidez deu o tom na maioria das peças: são vestidos, camisões e macacões muito estruturados, causando um interessante volume. O bom trabalho de alfaiataria e o excelente uso das listras monocromáticas e cinéticas dão a impressão de ainda mais volume e movimento, como roupas-dobraduras, nas quais Ranieri injeta pontos de cores do verão passado.

Destaque para as peças unissex como as calças-saias e camisas com grandes golas. Sem dúvida, foi a coleção mais consistente da noite.

Etrúria

Inspirado na força da mulher etrusca, que desafiava o status quo vigente nos séculos IV e V antes de Cristo – nos quais a mulher era marginalizada socialmente –, emparelhando com os homens na luta pelo poder, Geraldo Couto apresentou uma coleção que, verdade seja dita, parecia evocar mais as sensuais mulheres gregas.

Com ar de alta costura, as peças trouxeram muito dourado em metais, que surgiram pesados, em contraponto à fluidez dos tecidos leves e transparentes. A qualidade dos tecidos chamou atenção, assim como o acabamento em geral. Por isso é de se estranhar que tenham entrado na passarela os deselegantes apliques de paetês que, além de excessivos, vulgarizaram certas peças.
     Único a trazer modelos famosas em seu casting, a top Talytha Pugliesi e a alternativa Marina Dias – ambas em ótima performance na passarela –, Geraldo Couto encerrou a primeira noite da Casa de Criadores ao som de Babalu.

(Lucianno Maza/Especial Para brpress)

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