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José Antonio EboliJosé Antonio Eboli

Vem aí o Bradesco Music

(São Paulo, brpress) - Universal Music e Bradesco Cartões lançam plataforma com todo o acervo da gravadora. Por Juliana Resende.

(São Paulo, brpress) – Será que até o ano de 2020, nós, já velhinhos, vamos ver a indústria fonográfica no auge novamente? A gravadora Universal Music e a Bradesco Cartões estão fiadas em estudos que dizem sim. Por isso, uniram forças e lançam a plataforma Bradesco Music, que vai disponibilzar nada menos que todo o acervo da grande major musical em streaming.

    Mas o site bradescomusic.com.br, no ar até o final de abril, não será mais um serviço de streaming para ouvir música online, como o líder no segmento, Spotify. Pretende proporcionar uma experiência musical única, tocando músicas – são mais de meio milhão de canções da gigante do mercado foneográfico –, veiculando conteúdo editorial e audiovisual (cerca de 50 mil vídeos da Universal). Tudo por módicos R$ 4,90 mensais de assinatura – isso para quem não tiver o cartão de crédito Bradesco Music.

    “Esperamos receita de centenas de milhares de assinantes”, prevê o diretor da Bradesco Cartões, Alexandre Rappaport. “Esse modelo de negócios vem sendo consagrado por empresas da era digital, como Netflix (que vem derrubando o tradicional modelo de TVs por assinatura), e nós, do mercado fonográfico, vemos no streaming um caminho sem volta e a chave para nossa recuperação”, diz José Antonio Eboli, presidente da Universal Music Brasil.

Futuro já

    A parceria entre a Universal e o Bradesco replica modelos que já vem dando certo na Europa e EUA. O streaming (compartilhamento de arquivos multimídia pela internet, sem armazenamento dos mesmos no computador ou dispositivos móveis) vem sendo consolidado como a maneira mais prática de ouvir música. Tanto que o YouTube – onde as pessoas ouvem muita música – vai lançar em breve uma plataforma de streaming musical. Para a Universal, esta é a direção rumo ao futuro.

    Além de entretenimento e arte, a palavra inovação não pode ficar de fora da indústria fonográfica nestes tempos pós-Napster mas não menos apocalípcos. No entanto, há quem diga que o pior já passou e que os executivos acordaram para o fato de que o modo de consumir música, como notícias e quase tudo no mundo, mudou. E continua mudando freneticamente. O trunfo do Bradesco Music será funcionar off-line também, “Vai dar para ouvir nosso catálogo no metrô, por exemplo”, diz Eboli.

    Além disso, os assinantes do Bradesco Music terão um número limitado de downloads mensais, acesso a bastidores de shows, trasmissão exclusiva dos mesmos, encontros com artistas, promoções e interação premium com as redes sociais deles, sem falar em conteúdo exclusivo. Parece um bom deal quando elencamos nomes como Paul McCartney, Beatles, U2, Maria Rita, Ivete Sangado e Imagine Dragons entre os 3.500 artistas de selos que fizeram a história da música como Island, Motown, Mercury, Geffen, Interscope, Verve, Polydor, Capital, Republic, Decca, Def Jam, Deutsche Grammophon – ah, como é lindo citar essas preciosidades!

     “Fomos o setor mais impactado do mercado de entretenimento pela disrupção digital”, ressalta Eboli. Para ele, a indústria fonográfica já apanhou demais e vem tratando de sacodir a poeira e dar a volta por cima. Tanto que corre a boca grande que a Universal (empresa do grupo francês de entretenimento Vivendi) tem declinado ofertas voluptosas de compra, como a última, em 2014, quando um fundo de investimentos ofereceu US$ 9 bilhões. “A proposta foi recusada, assim como outras que possam vir”, esnoba Eboli. Uma coisa é certa: a música nunca vai parar.

(Juliana Resende/brpress) 

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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