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Administrando aliens

(brpress) - Vamos imaginar como aliens a confusão de pensamentos e sentimentos confusos que trazemos dentro de nós e que, se não forem bem administrados, acabam conosco. Por Sandra Maia.

Sandra Maia*/Especial para brpress

(brpress) – Vamos imaginar como aliens aquela confusão de pensamentos e sentimentos confusos que trazemos dentro de nós e que, se não forem bem administrados, acabam conosco, com nossas relações, com nossos sonhos. Podemos também incluir aí um conjunto de crenças, imagens deturpadas, valores distorcidos, vícios, processos químicos e o que quiser. O importante é que entenda que eles existem e comprometem toda a nossa vida.
    A escolha, como afirma o autor do livro Inconsciência Coletiva, fica entre nos tornar contadores refinados das nossas histórias de insucesso ou tomar uma atitude.
É claro que sabemos que não é assim tão fácil. É humanamente impossível mudar do dia para a noite – daí a idéia de administrar, negociar com esses nossos aliens… E, nesse administrar, com o tempo mudar o que pode ser mudado. Tijolo por tijolo – desconstruindo e reconstruindo nossa forma de relacionar conosco, com o outro e com a vida.

Você conhece…

Esse é um tema recorrente quando a questão é relacionamento. Por vezes, sentimos uma pressão absurda, quase uma compulsão para agir de determinada maneira e só o que podemos fazer é agir – mesmo que isso – seja totalmente nocivo a nós mesmos, aos nossos relacionamentos, ao outro. Como isso acontece? Você já deve ter vivido ou conhece alguém com esse perfil. Vamos ver…

Sabe aquela amiga ou amigo que está numa fria total? Está em um relacionamento sem pé nem cabeça. Compreende que o outro não é para ele(a) e vice-versa. Tem a clareza de que manter-se  nessa relação que está mais para um “dramalhão mexicano”. E, apesar de todas as evidências, de jurar de pés juntos que não irão ceder, não vão mais se ver, não irão sequer ligar para o outro, basta você – o aconselhador – virar as costas e – BINGO! – lá está ele(a) com o telefone na mão implorando ao outro por uma pequena atenção, uma simples gentileza, um gesto, um olhar, um sentimento qualquer, qualquer coisa…

Machucando-se

E, então a resposta é simples: UM NÃO BEM GORDO ou uma MENTIRINHA BÁSICA, UM NOVO ENCONTRO MARCADO e, é óbvio, UM NOVO FURO, UMA NOVA DESILUSÃO – só para nos manter lá, acorrentados à doença, ao vício, ao comportamento negativo. Bem, quando fazemos isso estamos alimentando e não administrado nosso alien. Ele está lá vivo, para nos ajudar na nossa autodestruição, na nossa auto-anulação.

Então, quanto mais o alimentarmos – com ações e atitudes que de antemão não acreditamos racionalmente saudáveis – mais ele cresce. Dá para negociar? É, podemos sempre tentar negociar. Aceitar “a palhaçada toda” e nos educar para receber melhor, de outra fonte, mais segura… Não aceitar o que não é legal e, ao invés de ficar na frente do telefone, sair, fazer algo por nós, pelos outros – mudar o foco.

É simples assim?  Não – isso é praticamente químico. Nosso organismo inteiro parece se transformar num alien faminto de sofrimento. Colocamos-nos em situações limites e, depois falamos que não temos sorte. Que fazemos tudo errado, que não temos solução – ou seja, ao invés de dizer NÃO PARA ESSA FOME DE DESGRAÇA,  ALIMENTAMOS-NA COM NOSSA DOR.
Então, tem solução? SIM.

Solução

Todos temos solução. Agora é preciso – além de força, coragem para mudar, determinação, etc, etc. – resgatar o sonho. Saber do nosso valor. Retomar a auto-estima. Ampliar o foco. Mudar o olhar. Redescobrir-se… Abrir mão do negativo.
Saber que podemos administrar essa NEUROSE é um primeiro passo. Daí para passar a nos alimentar do que temos de melhor – NÓS e de todas as situações de prazer que também sabemos criar: um caminho.

Abrir mão de manter todo o foco em quem nunca irá nos preencher, ou melhor naqueles que só nos mantém na nossa neurose. É loucura, doença. E, essa loucura mata. Então podemos sempre ampliar os horizontes, buscar novos amigos, novos amores, novas oportunidades. Negociar com nosso auto-sabotador, nosso alien – uma contrariedade aqui outra ali… Dar a ele outro tipo de alimento, outro tipo de energia… Até que ele fique bem mansinho e fácil de ser administrado.

Sem ressentimento

A vida passa depressa demais para viver com o inimigo dentro, fortalecido. Por isso, se fala tanto em olhar para dentro, investir em autoconhecimento, quebrar padrões destrutivos de comportamento… Essa é uma boa forma de descobrir maneiras saudáveis de relacionar. Até porque, se não aprendermos a mudar tendemos a perambular por aí, narrando histórias e mais histórias com final infeliz cheios de ressentimento.

Todos vivem assim? Não! Muitos aprendem com seus erros. Usam essa ferramenta como uma alavanca para transformação. Outros, bem, outros vão se achar os donos da verdade e  continuar indefinidamente do mesmo modo. Mudar – todos podem. Não é fácil. Não é rápido. Mas é perfeitamente plausível. Nesse modelo, tudo acontece para o melhor, o bom, o verdadeiro. As relações transformadas chegarão em outro tom, outro ritmo…

(*) Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris. Fale com ela pelo e-mail [email protected]  ou pelo Blog do Leitor.

Sandra Maia

Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris, e teve sua coluna licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil e A Tribuna (Vitória-ES).

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