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Quando vivemos em suspense

(brpress) - Relacionar-se é viver num thriller – num filme de suspense

Sandra Maia*/Especial para brpress

(brpress) – Para muitos, relacionar-se é viver num thriller – num filme de suspense. A vida fica mais complexa e  o que chamam de amor se confunde com qualquer coisa. Pode ser controle, incapacidade de olhar para dentro, pode ser baixa estima, falta de autoconhecimento, co-dependência, paixão… Pode ser tudo e nada.

 A relação é mesmo vivida no tom dos parques de diversões – muita adrenalina, risco de morte eminente, quedas vertiginosas e subidas alucinantes e avassaladoras! Difícil abrir mão? Sim, é praticamente impossível deixar para lá, somos arrastados pelo furacão.

Luto

 Esse tipo de relação acontece, nos trata e maltrata. Em longo prazo, vicia e nos faz reféns do que co-criamos. O que acontece a curto, às vezes curtíssimo prazo, termina! A relação acaba e deixa um estrago imenso no coração, na alma, na vida. E, de repente nos vemos lá – vivendo o luto daqueles que perdemos.

 O que me chama mais atenção nesse caso é o desequilíbrio. É verdade que toda relação, quando acaba, nos entristece. Demanda um período de readaptação. Pede mesmo o luto – para que possamos reavaliar tudo o que vivemos e, nesse meio tempo, nos preparar para o que esta por vir. Qem sabe, nos preparar para um futuro amor.

 O desequilíbrio vem no tempo da relação versus o tempo do luto. Imagine uma relação de 10, 20, 30 anos que se rompe. As marcas, a dor, o sofrimento são imensos. Esta semana mesmo, conversando com um amigo – casado há 30 anos –, ele afirmava: “Se minha mulher me deixar morro. Não sei o que seria vida sem ela”.

 Uma união estável e de tampo tempo une  amizade, cumplicidade, amor, vida, construção, evolução, desenvolvimento, inspiração. A perda de um parceiro de tanto tempo abate, deprime, enlouquece e demora meses – talvez anos – para ser totalmente absorvida.

 Muito barulho

 No entanto, quando uma relação de 1, 2, 3 meses ou até mesmo outras relações que duram semanas é rompida, o estardalhaço que faz é às vezes maior do que poderia. Maior do que deveria ser… Então – como diz um amigo – perdemos o rumo.

 Queremos a qualquer custo manter a relação – pedimos a Deus para nos deixar ficar com aquele outro, que já decidiu: não quer mais. Então insistimos, nos humilhamos, controlamos, atormentamos. Em algumas situações conseguimos ganhar e, então, a um custo altíssimo, estendemos nosso sofrimento e do outro por mais alguns dias…

 Soltar

 Quando temos de manter uma relação a qualquer custo, não funciona. O outro se sente pressionado, nós nos sentimos menos, criamos um círculo de ressentimento e agressividade que não acrescenta nada.
Há solução? Quero crer que uma única: quando o outro quer ir, deixá-lo ir.

 E mais: ser forte para aceitar e confiar que, sim, será melhor para ambos. O luto da perda não pode ser eterno, não deveria ser desproporcional ao tempo da relação. Não deveria ser uma justificativa para nos fechar e nunca mais nos relacionar.

 Um amigo há pouco me contou uma história desse tipo: uma de suas amigas havia vivido um único relacionamento que durou menos de um mês. Eles romperam. Orapaz está bem, vive a vida, teve inúmeros outros relacionamentos… Elase fechou para a vida, para o amor, para qualquer oportunidade de relacionamento. Vive em luto até hoje – e já se passaram anos.

 Ainda chora quando escuta a música que ouviam, fica depressiva toda vez que tem notícias dele – com outras –, imagina que a vida era vida quando “se amavam”, não se cuida – ao contrário se descuida para de alguma forma chamar mais atenção e, sabotando a si própria, inviabilizar qualquer outra nova relação…

Oito ou oitenta

 Parece familiar ? Já viveu ou conhece pessoas assim? Pois é, algumas têm a força para abrir mão disso tudo, buscar ajuda, crescer, evoluir…  Outras entram em tantas relações quanto for necessário para fazer valer sua fantasia, isto é, escolhem sempre o que não vai dar certo, fazem sempre tudo igual e acreditam que o resultado poderá ser diferente…

 Algumas ainda fazem o pior – se enclausuram, deixam a vida passar e, pensam de algum modo punir ao outro quando de fato estão se punindo… Enfim, sair do buraco, acordar, despertar para a vida demanda saber quem somos, onde estamos, para onde vamos.

Até Alice no País das Maravilhas ensina isso – acordar é possível e, podemos escolher deixar um sonho ruim e escolher um sonho bom toda vez que quisermos! Escolhas, sempre escolhas…

(*) Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris. Fale com ela pelo e-mail [email protected]   ou pelo Blog do Leitor.

Sandra Maia

Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris, e teve sua coluna licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil e A Tribuna (Vitória-ES).

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