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Rosamund Pike, no London Film Festival. Foto: BFIRosamund Pike, no London Film Festival. Foto: BFI

Rosamund Pike: flor que se cheire

Atriz diz que Meu Pé Esquerdo é o filme de sua vida e conta como foi atuar com Tom Cruise, em Jack Reacher - O Último Tiro.

(Londres, brpress) – Ela é uma típica English Rose (garotas inglesas geralmente loiras, de pele bem branca, levemente coradas, delicadas e bem educadas), . A começar pelo nome: Rosamund Pike. A atriz, de 33 anos, se encaixa bem nestas descrições, reforçadas por personagens como Elizabeth Malet (O Libertino) e Jane Bennet (Orgulho e Preconceito). Mas, ao avesso da moça recatada, há um vulcão esperando para entrar em erupção.

 E se a primeira impressão é a que fica, esse potencial explosivo  será lembrado para sempre pelo papel da Bond Girl Miranda Frost, em Um Outro Dia para Morrer (2002). A força da franquia 007 é tanta que Rosamund Pike ainda luta para apagar a imagem de pin up. Mas nada que fez nestes últimos 10 anos parece ofuscar, no sentido de ter maior impacto e lugar cativo no imaginário do público e imprensa, o fato de ter sido Bond Girl – a primeira com um diploma de Oxford (Literatura Inglesa).

Culta e bela

O esforço de Pike para deixar para trás o fetiche que cerca uma Bond Girl é evidente. A atriz aposta que o fetiche de contracenar com Cruise seja ainda maior – pelo menos para uma boa parcela do público feminino. Afinal, o ator, marcado pelo agente Ethan Hunt de Missão Impossível, é quase um James Bond.

Rosamund Pike se agarrou ao papel da séria advogada Helen Rodin, interesse romântico de Tom Cruise  em Jack Reacher – O Último Tiro, que estreia no Brasil em 25/01. Defensora do acusado, ela resolve, a pedido de Jack Reacher, visitar as famílias das vitimas – o que a coloca em potencial perigo. É nesse novo trabalho que a atriz inglesa se concentra na entrevista exclusiva que concedeu à brpress, em Londres.

Você disse que quer se afastar da imagem de Bond Girl e, por isso, até cogitou declinar da oferta do papel em Johnny English Reborne (2011), para não prolongar a associação com 007. Como lida com  isso, no sentindo de ser um “estigma”?
Rosamund Pike – 
Apenas é um estigma por causa de jornalistas preguiçosos! Para se referirem a mim, muitas vezes dizem “a Bond Girl Rosamund Pike” como se não fosse outra coisa. Às vezes me irrita, pois não sou uma Bond Girl, sou uma atriz! Não gosto quando sou identificada apenas dessa forma. Adorei fazer o filme, ainda há pouco falei com Pierce Brosnan sobre como nos divertimos, mas foi só um papel.

Parece que deu certo você ter deixado a Bond Girl para trás (risos). Depois vieram papéis e filmes diferentes, como os épicos O Libertino (2004) e Orgulho e Preconceito (2005),  a ficção Doom – O Portal do Inferno (2005), o drama Educação (2009) a e aventura Fúria de Titãs 2 (2012). Jack Reacher – O último Tiro é, finalmente, o reencontro com o gênero ação?
Rosamund Pike –
Para mim, este não é um filme de ação mas mais um thriller, lembrando-me os thrillers dos anos 70. Os thrillers são os filmes a que eu mais gosto de assistir. Gosto de filmes com uma dimensão cerebral, que nos façam pensar. Eu acho que o personagem Jack Reacher é assim, porque não faz o que é esperado. Essa é a razão do efeito que ele causa em meu personagem.

Você e Halle Berry subverteram o papel tradicional da Bond Girl, mostrando uma nova geração de mulheres tão bonitas quanto competentes, atléticas e tão letais quanto o próprio 007. Você revelou que também quis subverter o estereótipo de advogadas no cinema – “mulheres duronas que sequer têm tempo para cuidar de seus cabelos [citando personagens de Jodie Foster, Sandra Bullock] ou, ao contrário, impecavelmente vestidas montadas em saltos altíssimos Jimmy Choo”. Como você construiu sua advogada em Jack Reacher e como vê o impacto deste papel em sua carreira?
Rosamund Pike – Ela é vulneravel e forte ao mesmo tempo. Eu queria que ela fosse assim, porque qualquer mulher pode se identificar com ela. É uma mulher que vive para o trabalho, de certa forma solitária, mas independente. Não queria que ela fosse “a advogada durona”, quase irreal, que muitos filmes por vezes mostram.  Inspirei-me em várias mulheres, por exemplo a advogada de Marisa Tomei em O Poder e a Lei (The Lincoln Lawyer, 2011), porque é uma mulher completa. Minha Helen luta ao longo do filme: ela por vezes fica insegura e outras forte de novo, recua e avança…

Como se preparou para viver a advogada de Jack Reacher?
Rosamund Pike – Preparei-me principalmente entrevistando vários advogados em Pittsburgh (EUA). Não é uma vida fácil. Eles são ameaçados, assim como suas famílias. Em particular havia uma advogada que era tão fragil quanto forte, de quem me lembro bem. São pessoas reais e eu queria que Helen Rodin também fosse. Por exemplo, na cena em que ela visita as famílias das vitimas está extremamente vulnerável, fora da sua zona de conforto.

Como foi atuar ao lado de Tom Cruise?
Rosamund Pike – Tom é aberto e tranquilo e conversamos muito durante as filmagens. Falávamos de família, música, esportes e, claro, carros. Tom é apaixonado por carros. Ele é tão presente e dedicado…[suspira] Sabia que ele é o primeiro ator a dispensar dublês depois de Steve McQueen?

Não sabia!

Você declarou ao Guardian que estava “meio que desesperada em mostrar seu lado mais selvagem, mais irreverente e mal comportado” em novos papéis. Mas sua advogada em Jack Reacher não vai neste sentido.  E os outros papéis nos novos filmes (Hector and the Search For Happiness, The  Sea e The World’s End)?
Rosamund Pike – Eu ainda não encontrei esse papel! Na verdade, achava que Andrômeda, de Fúria de Titãs 2, seria assim [Rosamund susbtituiu Alexa Davalos]. Mas depois com a edição ficou um pouco diferente. Queria representar uma mulher destemida, completamente sem medo. Quero personagens que sejam assim e que possam servir de modelo para outras mulheres. Penso que Helen tem um pouco disso, mas acho que esse personagem ainda não me encontrou – ou eu ainda não encontrei (risos).

Acho que o medo é algo muito presente nas mulheres.
Por isso, é importante dar exemplos de figuras femininas corajosas.

Rosamund Pike

Você revelou que o filme qe mais mexeu com você foi Em Nome do Pai (1998) e que a atuação de Daniel Day-Lewis (indicado ao Oscar, Globo de Ouro e Baftas 2013 de Melhor Ator por Lincoln) é fenomenal. Você mantém a escolha?
Rosamund Pike – Eu mencionei este filme porque me marcou muito na época em que eu vi, teve mesmo um efeito emocional muito forte. Recentemente, que outros filmes me marcaram? Nada que tenha tido tamanho impacto. Posso dizer que gostei muito de, vejamos. A Rede Social! (risos). Sério! Achei muito bem resolvido, mas não uso o Facebook, então…

Você está escrevendo uma biografia e um roteiro (uma comédia, adaptação de um livro inglês), com um escritor americano. Pode falar mais sobre estes projetos?
Rosamund Pike –
Será uma comédia boa para o público feminino porque acho que se identificará com as personagens. Mas agora não tenho tido muito tempo para investir neste projeto, depois de ter tido bebê. Espero voltar à escrita durante o inverno. Escrever é dificil, muito mais do que representar, porque não tenho tanta experiência. Mas tem sido fantástico! Ao exercitar a escrita também me transformo como atriz porque já leio um novo roteiro de outra forma. Tem sido muito interessante.

(Colaborou Helena Alves, especial para brpress)

#brpressconteudo #RosamundPike #JackReacher

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