Crise de fúria e bom humor
(brpress) - Regado a cenas disfarçadamente libidinosas, tiradas cheias de bom humor e o talento de Felipe Camargo, Andréa Beltrão e Pedro Paulo Rangel, Som e Fúria, O Filme, mantém a qualidade da série da Globo. Por Eliane Maciel.
(brpress) – Regado a cenas disfarçadamente libidinosas, tiradas cheias de bom humor e o talento de Felipe Camargo, Andréa Beltrão e Pedro Paulo Rangel, Som e Fúria, O Filme, mantém a qualidade da série da Globo. A única diferença é que o longa produzido por Fernando “Cidade de Deus” Meirelles é a quantidade de episódios.
São 104 minutos de um longa bem produzido, editado e roteirizado, trilha sonora de bom gosto e envolvente, ação na medida certa, tiradas humorísticas que funcionam e elenco bem dirigido – a trinca Andréa Beltrão, Felipe Camargo e Pedro Paulo Rangel.
Nada muito diferente da inspiração original – Som & Fúria, o Filme, é um condensado dos episódios que aconteciam ao redor do Teatro Municipal de São Paulo, enlouquecedo a todos por causa da maldição Shakespeareana que assombrava a vida de Dante (Felipe camargo), Oliveira (Rangel) e Elen (Andréa Beltrão).
A ideia central da trama é o retorno de Dante ao teatro – mas não como ator. Ele deve assumir a posição de diretor da casa desta vez. E terá que lidar com o assombro de sua última ação tempestuosa: depois de uma apresentação de Hamlet, quando ele próprio, que fazia o papel principal, surta e sai no meio da cena do enterro de Ofélia (personagem de Elen), impactando de forma profunda a vida de cada um dos envolvidos.
As cenas de Dante contracenando com o fantasma de Oliveira tem momentos impagáveis, assim como o destaque, para variar, da atuação de Andréa Beltrão. Apesar de ter dividido opiniões quando era “somente” um seriado, p filme é cativante e inteligente.
O peso do elenco de suporte também é valioso: Dan Stulbach, Cecília Homem de Mello, Regina Casé, Maria Flor, Daniel Oliveira, Paulo Betti, Wandi Doratiotto, Maria Helena Chira e Juliano Cazarré. (Eliane Maciel/Especial para brpress)