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Lixo transformado em arte pelas mãos do artista plástico Vik Muniz. ReproduçãoLixo transformado em arte pelas mãos do artista plástico Vik Muniz. Reprodução

Luxo do lixo de Vik Muniz documentado

Documentário Lixo Extraordinário, sobre trabalho do artista plástico no Jardim Gramacho, um dos maiores aterros sanitários do mundo, compete em Sundance.

(brpress) – Lixo Extraordinário foi selecionado para o Sundance Film Festival . O documentário inédito sobre o trabalho do artista plástico Vik Muniz, que tem como pano de fundo o Jardim Gramacho (RJ), um dos maiores aterros sanitários do mundo, compete na categoria Documentário da 26ª edição do maior festival de cinema independente do mundo, em janeiro. A O2 Filmes, de Fernando Meirelles, e Almega Projects assinam a produção.

O documentário Lixo Extraordinário (Extraordinary Garbage, Brasil/Estados Unidos/Reino Unido, 2009), co-produzido pela O2 Filmes e pela produtora inglesa Almega Projects, está entre os trabalhos selecionados para o Sundance 2010, que divulgou sua lista oficial. O filme compete na categoria Documentário da 26ª edição do principal festival americano de cinema independente criado por Robert Redford, marcado para acontecer entre os dias 21 e 31 de janeiro, no pequeno Park City, município do estado de Utah (EUA).

Arte

  Com direção conjunta de João Jardim (Janela da Alma e Pro Dia Nascer Feliz), da cineasta Karen Harley e da documentarista inglesa Lucy Walker, e produção executiva de Fernando Meirelles, Lixo Extraordinário relata a trajetória do lixo dispensado no Jardim Gramacho, maior aterro sanitário da América Latina localizado na periferia de Duque de Caxias (RJ), até ser transformado em arte pelas mãos do artista plástico Vik Muniz e seguir para prestigiadas casas de leilões internacionais. Obras que, muitas vezes, retornam ao Rio para compor as paredes da alta sociedade carioca.

É uma espécie de Ilha das Flores artístico. De um lado, os catadores da matéria-prima, principais personagens do longa-metragem, e do outro, uma classe elitista, especialista em arte. A relação entre lixo e arte e entre segmentos tão diferentes da sociedade fazem de Lixo Extraordinário um documentário, com características teatrais.

Catadores

O filme traz depoimentos de cinco personagens que trabalham no Jardim Gramacho. Entre eles, o carismático Tião, presidente da Associação de Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho (Acamjg), liderança que conquistou depois de encontrar no lixão e ler uma cópia de O Príncipe, de Maquiavel, aos 13 anos. Todos eles convivem com todas as particularidades do local, como o cheiro insuportável; o forte calor nos dias de sol, o lamaçal nos dias de chuva e as imagens chocantes de toneladas de lixo.

  Filmado entre os anos de 2007 e 2009, Lixo Extraordinário também traz, por outro lado, diversos registros capturados nas exposições de Vik Muniz, incluindo reações e depoimentos dos trabalhadores do aterro, que visitaram a mostra do artista no MAM-RJ, no começo deste ano, colocando-os lado a lado da alta sociedade brasileira de uma maneira que jamais seria possível antes.

  Vik Muniz é paulista, viveu no bairro de Pirituba e radicado há mais de 25 anos nos Estados Unidos. Hoje, aos 48 anos, é um dos nomes mais destacados dentro da cena mundial das artes plásticas. O sucesso do artista oculta uma inacreditável história pessoal, que vai de encontro à sua missão em Lixo Extraordinário: a de transformar, de alguma forma, as vidas de pessoas pobres do seu país através da arte.

Tiro

A vida de Vik Muniz começou a mudar quando foi atingido por um tiro na perna, ao tentar apartar uma briga, aos vinte e poucos anos. O autor do disparo o indenizou com uma quantia de dinheiro suficiente para financiar uma viagem para Chicago, em 1983, onde estudou artes, e mudou-se para Nova York dois anos depois.

No ano passado, quebrou barreiras sendo o primeiro artista brasileiro a ser convidado para organizar uma exposição no MoMa, em New York. Este ano, Vik celebrou 20 anos de carreira promovendo, aqui no Brasil, sua maior retrospectiva. A mostra Vik passou pelo MAM-RJ (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro), pelo MASP (Museu de Arte de São Paulo) e pelo Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte (MG), e foi visitada por mais de 350 mil pessoas.

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