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Gravação da versão We Are the World para o Haiti: esforço reconhecido. resultado questionável.billboard.comGravação da versão We Are the World para o Haiti: esforço reconhecido. resultado questionável.billboard.com

We are Haiti

(brpress) - Mantra de ajuda humanitária pop, a música We Are the World completa 25 anos e é regravada em prol das vítimas do terremoto no Haiti; Jay-Z reprova nova versão. Por Ivan Chagas.

brpress) – No ano de 1985, o finado rei do pop Michael Jackson reuniu uma grande casta de cantores e artistas renomados da época, formando o grupo USA for África. Guiados pelo produtor Quince Jones, cantores como Lionel Ritchie, Cindy Lauper, Billy Idol, Tina Turner, Ray Charles e Stevie Wonder entoaram o single We Are the world, com o objetivo de arrecadar fundos para o combate da fome na África.

Hoje, 25 anos depois da campanha do USA for África, a história parece não ter mudado no continente africano. A fome continua a matar milhões. Mas as causas seguem mudando, como, por exemplo, o terremoto que destruiu o pouco que restava do fustigado Haiti. Ao final da campanha, o single, com vendagem de 7 milhões de cópias, o LP e o vídeo-clipe da música, arrecadaram cerca de US$ 55 milhões.

Mesmo time

Comovidos pela miséria da qual o país está sendo vítima, e embalados pelo aniversário de 25 anos da canção, o produtor Quincy Jones e o cantor e compositor Lionel Ritchie, autor da letra de We Are the World, juntamente com a fundação Michael Jackson, resolveram reunir um novo grupo de artistas e regravar a canção, dessa vez em prol do país caribenho.

          Nenhum dos participantes da versão original esteve presente. Dessa vez, nomes do rock, como Bruce Springsteen, Bob Dylan e Paul Simon foram substituídos por grandes nomes do rap, gênero mais em alta na atualidade, como Kanye West, Snoop Dogg, Lil’ Wayne, Drake, LL Cool J e Will.i.am, vocalista do Black Eyed Peas.

          Jay-Z: tô fora

          Ao todo, foram 75 artistas, 30 a mais do que na versão original, que se esforçaram sem sucesso para fazer a mesma mágica da versão original acontecer. Cantores de peso, como Celine Dion, Barbra Streisand e Tonny Bennett se uniram a artistas como Justin Bieber, a banda Jonas Brothers e o ator Zac Efron. Nem mesmo o cantor e produtor Jay-Z, que ficou de fora da ação, aprovou o resultado.

          “Adoro We Are the World, entendo o propósito e acho ótimo, mas também acho que a canção é como Thriller para mim. Eu não gostaria de vê-la mexida. Sou um fã de música. Sei o que está acontecendo com o Haiti, aplaudo os esforços e tudo mais, mas We Are the World é musicalmente intocável. Algumas coisas na vida são intocáveis, apesar de o esforço ser válido”, afirmou o rapper, durante um evento da NBA.

          A canção e o vídeo-clipe da nova versão, apresentada ao mundo durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de inverno, no Canadá, na última sexta-feira (12/02), terá a renda dos downloads no iTunes revertida para a campanha Hope for Haiti, que pretende ajudar o país a se reerguer dos escombros.

(Ivan Chagas/Especial para brpress)

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