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Celso Amorim na OIT: justiça social é possívelCelso Amorim na OIT: justiça social é possível

Ministros explicam crescimento

(Genebra, brpress) - Celso Amorim, das Relações Exteriores, Carlos Lupi, do Trabalho, enfatizam na OIT programa Bolsa Família e geração de empregos no enfrentamento de crise global.

(Genebra, brpress) – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, enfatizou diante dos membros da Conferência sobre Desarmamento da ONU, a necessidade de se obter resultados concretos, já que essa conferência vive uma eterna paralização. Criticou o monopólio da nuclearização pelos cinco membros do Conselho de Segurança e conclamou ao desarmamento nuclear, citando a iniciativa do Brasil e Turquia junto ao Irã, para que o país exerça seu direito ao uso pacífico da energia nuclear.

    Após seu discurso, Amorim desmentiu categoricamente especulaçõees da imprensa alemã de que o Brasil teria interesse em também fabricar a bomba nuclear e minimizou as críticas da imprensa brasileira ao acordo com o Irã, bem recebido  “mundialmente”, segundo ele.

    Bolsa Família

    Na abertura da Conferência da Organização Internacional do Trabalho,  Amorim falou sobre o pacto do emprego, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e sobre as medidas sociais brasileiras, como o Bolsa Família. Em seu discurso, o chanceler brasileiro procurou transmitir a mensagem de que a justiça social é possível, compatível e necessária ao crescimento econômico. 

Celso Amorim descartou o aumento da idade mínima para a aposentadoria no Brasil – tema que vem agitando a Europa. “O Brasil vai continuar a crescer de maneira sustentável nos próximos anos e não há perigo de nós diminuirmos os direitos sociais”, garantiu.
 
Para ele, o sucesso da economia brasileira, que cresce 7% este ano, se deve aos programas de transferência de renda, ao aumento do salário mínimo e outros programas sociais de apoio à agricultura familiar, que contribuíram para que o país enfrentasse a crise e criasse empregos durante a recessão mundial.

Aposentadoria
 
O ministro do Trabalho, Carlos Roberto Lupi, defendeu, na Organização Internacional do Trabalho (OIT), o direito adquirido da aposentadoria pelos trabalhadores, ameaçado em diversos países europeus, e lamentou que certos países considerem os aposentados como peso econômico.

Lupi participou da Conferência Anual da OIT , onde no primeiro dia, falou diante da assembléia de empregados, empregadores e representantes governamentais, reunida no Palácio das Nações da ONU. “Nos sete anos de governo Lula tivemos mais de 12.6 milhões de novos postos de trabalho formais”, afirmou o ministro, garantindo que até o fim do governo serão gerados mais 15 milhões de novos empregos formais.

Lupi continuou contabilizando: “Quando o presidente Lula assumiu, havia 28 milhões de vagas, ou seja, houve um aumento de 50% de empregos formais no seu governo. Só neste ano de 2010, estamos chegando a mais de 2,5 milhões de novos empregos formais, o que explica porque o Brasil superou logo a crise”.
 
Trabalho infantil

O outro tema importante na OIT foi a questão do trabalho infantil. “Lugar de criança é na escola. Nós temos de priorizar escolas com tempo integral, onde as crianças tenham também lazer e possam se alimentar. Agora, isso tem de ser adaptado a cada país segundo seu mundo real. Uma coisa é o pai e a mãe serem ajudados, na agricultura, pela filha ou filho de 12 a 14 anos, na sua subsistência de 2 até 4 horas por dia, sem deixar de ir para a escola, pois isso faz parte da cultura do ambiente familiar”, disse Lupi.

    “Outra coisa é explorar essa criança e impedir que tenha uma vida infantil e que vá à escola. Temos de ter compreensão para estabelecer essa diferença com a criança que ajuda na cozinha, na horta ou na agricultura os seus pais mas que não deixa de estudar”, completou o ministro.
 
    Sobre a questão da idade para a aposentadoria, que na Europa pode aumentar, o ministro tem sua posição: “Não se pode modificar direitos adquiridos. A nova geração de agora, pela evolução da medicina e da alimentação, pode chegar aos 60 anos em condições melhores que no século passado, porque tudo melhorou. Mas nós não podemos mexer naquilo que é conquista – direitos não podem ser considerados como um banco, uma matemática de lucros e perdas porque quem ajudou a construir a nação são os aposentados de hoje”.
 
Brasileiros no exterior

Com relação aos emigrantes brasileiros, o ministro do Trabalho, frisou que ” há milhões de brasileiros trabalhando no exterior” e que uma das iniciativas que o governo está realizando para administrar esta questão é, por exemplo, a Casa do Trabalhador Brasileiro no Japão.

“Já fizemos projetos similares na fronteira com o Paraguai e queremos avançar na proteção do trabalhador brasileiro. Acho que isso é uma obrigação do Estado brasileiro. O trabalhador brasileiro em qualquer parte do mundo tem de ter a proteção do Brasil e acho que temos de prosseguir nas políticas públicas e nos acordos bilaterais nesse sentido em qualquer parte do mundo”.
 
(Rui Martins/Especial para brpress)

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