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Direito do homem ao bilu-tetéia

(brpress) - Também queremos nossa licença paternidade, nem que seja apenas trimestral. É uma barbaridade ter apenas cinco dias com o novo rebento. Por Xico Sá.

Xico Sá*/Especial para brpress

(BR Press) – Você viu, amigo, o Senado aprovou a ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses. Perfeito, tomara que a proposta seja aprovada logo em todos os níveis do Congresso e vire lei com a assinatura final do presidente. Ótimo.

Sim, sabemos que algumas firmas sacaneam as mulheres por causa deste nobre e merecido período, mas somente assim, com medidas do gênero, é que a história avança e o mundo melhora. Sejamos pollyanamente otimistas.

Palmas, porém também queremos a nossa parte, a licença, nem que seja apenas trimestral, para os homens. É uma barbaridade ter apenas cinco dias de bilu-bilu-tetéia com o novo rebento. Em plena semana do Dia dos Pais, vale se engajar nesta causa. Sejamos panfletários: pelo direito de estar presente na vidinha inicial dos nossos filhos.

Com essa licença mixuruca, o pimpolho nem lembra das nossas caras, mais parecemos visitas, Reis Magos, menos fiéis proprietários de espermatozóides que venceram a mais justa das corridas. Pelo direito de ganhar também aqueles primeiros sorrisos e pelo dever de trocar mais fraldas.

Será a grande revolução e melhoria do macho. Nos países que adotaram a medida, como a Suécia, 85% dos marmanjos aderiram, com empresas e o governo bancando a licença, algo civilizadíssimo. Na Inglaterra e na Alemanha, novatos no assunto, também é um sucesso.

 É um avanço que nem a mais radical das feministas imaginava. Como poderiam pensar que a igualdade de gênero passava, de alguma maneira, por nossas calejadas mãos de ex-provedores?! Com a adesão do macho à licença, as mulheres podem optar, inclusive, pela volta mais cedo ao batente, o que tem ajudado a equilibrar o jogo dos salários e cargos de comando nas corporações.

 É, amigo, antes de serem mães as fêmeas conseguem ganhar mais ou menos a mesma coisa que os seus maridos. Ao choro dos bebês, ocorre uma freada na carreira, o isolamento da vida social pós-expediente, o congelamento de eventuais promoções e outros atropelos.

Então, minha querida, nos ajude a distribuir também essa crônica panfletária. As crianças agradecem. Pelo sagrado direito do homem a um prolongado bilu-bilu-tetéia com a sua criaturinha.

& MODINHAS DE FÊMEA

Apreciamos quando elas nos mandam virar os olhos para outro lado ou fechá-los completamente. Só enquanto trocam a calcinha, pedem. Daí ouvimos apenas o barulhinho do elástico, vupt, mesmo já havendo toda intimidade desse mundo, às vezes intimidade de anos. 

 Só enquanto trocam o sutiã, biquíni, parte de cima, ajeitam a parte de baixo, areia do doce balanço da beira dos mares, só enquanto tiram uma toalha do banho, viagem de férias ou de fim de ano. 

 Só enquanto estão  lindamente menstruadas e querem se reservar, embora saibam que atravessamos com amor e gosto todo o seu mar vermelho. “Fecha os olhos”. “Vira o rosto”. 

 Safadeza mais linda que ajuda a manter um clima de começo de romance. Precisamos muito destes matreiros e deliciosos artifícios.

(*) A coluna Modos de Macho & Modinhas de Fêmea, do jornalista Xico Sá, é fornecida com exclusividade pela brpress. Fale com ele pelo e-mail: [email protected] pelo Blog do Leitor.

Xico Sá

O jornalista e escritor Xico Sá, é autor dos livros Modos de Macho & Modinhas de Fêmea (Ed. Record), Catecismo de Devoções, Intimidades & Pornografias (Ed. do Bispo), entre outros. Suas crônicas foram licenciadas pela brpress ao Diário do Nordeste, Diário de Pernambuco, O Tempo e Yahoo Brasil.

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