Retratos do Império
(São Paulo, brpress) - Fotógrafo da Casa Imperial, Klumb mostra a Corte e o Brasil do século XIX, em exposição.
(São Paulo, brpress) – Em 1852, chegou ao Rio de Janeiro um fotógrafo alemão: Revert Henry Klumb. De sua existência pregressa pouco se sabe e restam especulações a respeito de uma suposta fuga da França. Mas os anos que passou no Brasil estão bem documentados: mais de 60 imagens produzidas no em meados do século XIX compõem a mostra Klumb: a Corte e o Brasil, que abre neste sábado (24/11), na Caixa Cultural.
Klumb foi fotógrafo da Casa Imperial e suas relíqueas fazem parte dos acervos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e do Museu Imperial de Petrópolis. Além das imagens tradicionais, a exposição é composta por uma litografia – técnica empregada para baratear um artigo ainda muito caro no século XIX, a fotografia –, e uma série de estereoscopias – técnica que, empregando um recurso ótico, simulava, já naquela época, o 3D.
A curadoria é de Carlos Eduardo França de Oliveira, pesquisador vinculado ao Museu Paulista da USP (Museu do Ipiranga) e especialista em história do Império.
Cidades
Nos anos que passou no Brasil, Klumb dedicou-se a registrar o cenário da capital na época, seus espaços em transformação, a vida nas ruas, as paisagens. Mas, diferentemente de Ferrez e de outros fotógrafos do período, parece que lhe interessava mais a aglomeração urbana, ao modo que Militão Augusto de Azevedo fizera em São Paulo anos antes.
Em 1870, publicou um livro a respeito de sua viagem de Juiz de Fora a Petrópolis e esse é um dos únicos registros, de próprio punho, de sua passagem. Da coleção de imagens que deixou, algumas jamais foram expostas em conjunto. Tais imagens suscitam a discussão a respeito de nossa história no século XIX, da fotografia no mesmo período e da figura de Klumb.
Barão de Mauá
Em suas fotografias aparecem as obras de Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, figura chave na história da industrialização do país de meados do século XIX. Com isso, a coleção de Klumb, paralelamente, flagrou o primeiro impulso de modernização do país, com a reformulação do porto do Rio de Janeiro, a construção dos aterros, a fábrica de gás e as primeiras ferrovias.
Suas lentes também se ocuparam do Jardim Botânico, da Floresta da Tijuca e suas cascatas, da flora nativa do Rio de Janeiro e dos incêndios criminosos nas Minas Gerais, de onde saiu rumo a Petrópolis.
Entrada franca.
Visitação: e terça-feira a domingo, das 9h às 21h. Até 06/01/2013.
Acesso para pessoas com necessidades especiais.
Recomendação etária: livre.
Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400
Caixa Cultural São Paulo – Praça da Sé, 111; (11) 3321-4400