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Tom Jobim com Frank Sinatra. Foto: ReproduçãoTom Jobim com Frank Sinatra. Foto: Reprodução

A Luz do Tom traz olhar feminino sobre Tom Jobim

Baseado no livro Antônio Carlos Jobim – Um Homem Iluminado, filme narra vida do maestro por meio de três mulheres.

(brpress) – O diretor Nelson Pereira dos Santos realizou dois filmes sobre Tom Jobim, considerado um dos maiores gênios da música brasileira. O primeiro, A Música Segundo Antonio Carlos Jobim, estreou em janeiro de 2012 com sucesso de público e crítica, e foi premiado pela Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro como um dos melhores filmes  de 2012. Agora, um ano depois, chega aos cinemas brasileiros, em 08/02, o segundo, A Luz do Tom.

Baseado no livro Antônio Carlos Jobim – Um Homem Iluminado, de Helena Jobim, no qual a vida do maestro é narrada por meio de vozes femininas, A Luz do Tom filme traz depoimentos inéditos de três mulheres importantes na vida de Tom: da irmã Helena e duas mulheres com quem foi casado, Thereza Hermanny e Ana Lontra,  intercalados com as composições do maestro.

Com palavras

Se em A Música Segundo Tom Jobim o diretor escolheu o caminho sensorial da imagem e do som para mostrar o trabalho do músico – sem palavras –, A Luz doTom é mais íntimo, familiar. Desta vez são elas, as vozes das três mulheres que percorrem – como num diálogo com ele, entremeado de sua música – a obra do “maestro soberano”.

Nelson afirma que “desde o começo, foram projetados os dois filmes: um, sobre a música que ele criou, com vários intérpretes; outro, sobre a memória das três mulheres”.

De Helena, vem a infância e os anos de formação. Ela conta que “o mesmo parteiro que trouxe Tom foi quem trouxe Noel Rosa” — não por acaso, a única música do filme não composta pelo maestro é Três Apitos, de Noel.

Trabalho e natureza

Thereza, por sua vez, revela histórias afetuosas e engraçadas dos primeiros anos como músico, o estudo árduo, o primeiro sucesso. Ana mostra o Tom da maturidade, da serenidade e do contato profundo com a natureza.

As locações — Florianópolis, um sítio em Itaipava e o Jardim Botânico, no Rio —buscam remeter o espectador ao Rio de Tom Jobim, quando Ipanema era um “imenso areal”, representado por uma praia de Florianópolis. “Por isso filmamos lá, nas praias de Joaquina e Moçambique, onde encontrei este Rio antigo”, conta Nelson. “Seria impossível encontrar no Rio de Janeiro de hoje algo que se assemelhasse à cidade onde Tom passou a infância”.

O maestro nasceu em 1927 e o bairro que ajudou a tornar famoso, Ipanema, era então apenas uma praia de poucas casas, semideserta e bucólica, e vivia em Nova York quando morreu, em 1994.

Admirador de Tom

Nelson Pereira dos Santos sempre teve grande admiração pelo compositor. Dirigiu, em 1985, um documentário sobre Tom Jobim para a antiga TV Manchete, também intitulado A Música Segundo Tom Jobim, no qual o maestro recebia outros artistas em sua casa, no Jardim Botânico, para falar de música popular brasileira.

No filme há um prólogo com trechos do programa, do arquivo do Instituto Tom Jobim, com música e bate papo com Radamés Gnattali e Dorival Caymmi, além de imagens do próprio Tom.

Parceira no roteiro

Miúcha Buarque de Holanda trouxe para o filme a convivência com  o maestro, com o meio musical, a experiência de ter presenciado a história das músicas e o lado pessoal do compositor.

 Ela foi grande amiga de Tom Jobim, que conheceu quando os dois freqüentavam o ipanemense Bar Veloso, popular entre artistas na década de 70, e onde foi composta a famosa Garota de Ipanema, com Vinícius de Moraes.

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