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Jamie Oliver defende ‘ativismo’ em grande escala

(Londres, brpress) - Brasil bateu o recorde de conquistas aqui em Londres; meta para a Rio-2016 é ficar entre os 10 países mais poderosos. Mais:

Márcio Bernardes*/Especial para brpress

(Londres, brpress) – O Comitê Olímpico Brasileiro reuniu a imprensa neste domingo (12/08), aqui em Londres, para apresentar um balanço do seu trabalho nesta Olimpíada. Apesar da boa verba investida pelo Governo Federal neste ciclo olímpico, de aproximadamente R$ 700 milhões, ficou claro que perto das nações que estão liderando o ranking de medalhas isso ainda é pouco. A China, por exemplo, gastou U$ 2 bilhões e os Estados Unidos U$ 450 milhões.

   Foi informado por um jornalista que a Grã-Bretanha investiu U$ 1 bilhão nos últimos quatro anos. Mas o trabalho está acontecendo há 15 anos. E a conquista de 62 medalhas, sendo 28 de ouro é resultado de muito tempo de investimento.

   O Brasil bateu o recorde de conquistas aqui em Londres. Mas o próprio COB reconhece que pelas dimensões do país e sua grande população, 16 medalhas é pouco. A meta para a Rio-2016 é ficar entre os 10 países mais poderosos.

Atletismo e natação

   O COB entende também que muita coisa melhorou e citou como um dos exemplos o aluguel do Crystal Palace aqui em Londres. Vieram 259 atletas quando a meta era 250. E falou-se claramente que o atletismo e a natação decepcionaram.

   Tenho dito repetidas vezes, que um país que trata tão mal a educação, a saúde e o transporte para o seu povo não pode exigir muito e querer se transformar numa potência olímpica de uma hora para outra.

   Importante é ter paciência e continuar nesse ritmo. A cobrança da imprensa é necessária e o trabalho desenvolvido pelas Confederações e o COB deve buscar sempre o aprimoramento e a evolução.

OLÍMPICAS

Ligação caiu

  A presidente Dilma Rousseff tentou falar com José Roberto Guimarães logo após o Brasil ganhar o ouro no vôlei feminino. O técnico estava no meio da comemoração, no centro da quadra e não pôde atendê-la. Depois, em nova tentativa a ligação caiu. O contato somente foi estabelecido quando a delegação estava voltando para a Vila Olímpica.

Medalhas

  86 países ganharam medalhas nessa Olimpíada. Alguns deles mostram claramente que estão privilegiando o investimento em apenas alguns esportes. A Jamaica, por exemplo, optou pelo atletismo. O Irã ganhou quatro ouros nas lutas e no levantamento de peso. O ideal é sempre abrir mais o leque. O Brasil não pode pensar assim.

Contrato

  Além de Ademar Ferreira da Silva, Robert Sheidt e poucos outros brasileiros que eram bicampeões olímpicos, acrescente-se agora a turma do vôlei feminino com um destaque todo especial à Jaqueline, Sheila e Paula Pequeno. E há também um tricampeão: José Roberto Guimarães, que ainda não renovou seu contrato com a CBV.

Ginástica

  Carlos Arthur Nuzman foi enfático com a situação da ginástica brasileira: a briga política dentro da Confederação está atrapalhando os atletas. O bom trabalho iniciado em Curitiba já era para render mais frutos. A medalha de ouro de Arthur Zanetti é pouco. Tomara que as mulheres-cartolas se entendam.

FRASES   

   “Fiz o máximo que pude. E foi a maratona mais sofrida que disputei”.
Marilson dos Santos, que chegou em quinto na maratona masculina.

   “Quando ganhamos o segundo set pensei que tínhamos levado a medalha”.
Bruno, levantador da equipe de vôlei masculino, esquecendo que o jogo tem no mínimo três sets.

   “Mostramos uma síntese do Brasil”.
Cao Hamburguer, diretor do espetáculo que apresentou o Brasil na cerimônia de encerramento de Londres, no Estádio Olímpico.

   “Os ingleses nos ajudaram na montagem da nossa estrutura aqui em Londres. Vamos agora ajudá-los no Rio de Janeiro”.
Marcus Vinicius Freire, superintendente do COB.

TOQUE FINAL

Organização

  A Olimpíada terminou neste domingo em Londres com uma bela festa no Estádio Olímpico. Os ingleses merecem os cumprimentos. Tirando um problema ou outro, sempre irrelevante, a organização esteve elogiável.

   Não é fácil organizar uma competição tão grandiosa numa cidade cosmopolita como Londres. Não é fácil também atender aos interesses de 205 países, milhares de atletas, público visitante e local, jornalistas e tantas outras coisas.

   A esperança é que daqui a quatro anos estejamos comentando a mesma coisa no Rio de Janeiro. Por falar nisso, também esperamos ampliar as comemorações e que nossas conquistas sejam muito acima dessas atuais 16 medalhas.

   É pouco para nossos padrões, população e espírito de um povo sofrido e apaixonado por esporte. As autoridades estão conscientes e sabem o caminho.

   O novo ciclo olímpico deve começar o quanto antes. Mãos a obra! 

(*) Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e quatro Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo email [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou Facebook. Durante os Jogos Olímpicos de Londres, esta coluna será diária.

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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