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Infecção na garganta pode passar para os olhos

(brpress) - Infecção nas vias aéreas superiores pode evoluir e atacar os olhos

(brpress) – Coceira, olhos vermelhos, pálpebras inchadas, sensibilidade à luz e lacrimejamento. Esses são os principais sintomas da conjuntivite, doença muito comum nesta época do ano e que é transmitida principalmente pelo contato com pessoas infectadas. No entanto, nem sempre é fácil evitar o contágio, já que o vírus fica encubado por cerca de cinco dias e ainda existem outras formas de contrair a doença, como uma infecção na garganta.

É o que explica a oftalmologista Ana Luiza Prado Perlingeiro, do Hospital Amaral Carvalho, em Jaú (SP). Segundo ela, até mesmo uma infecção nas vias aéreas superiores pode evoluir para uma conjuntivite. “O mesmo vírus que se apresenta em uma pessoa como uma infecção de garganta, em outra pode se manifestar como conjuntivite”, explica.

Outro fator que tem contribuído para o aumento de casos são as chuvas. “Nessa época de calor, praia, piscinas, associada às chuvas, a propagação do vírus é muito comum e está bem acentuada. O causador desta conjuntivite epidêmica geralmente é o Adenovírus”, esclarece a médica.

Formas diferentes

O oftalmologista Flavio Rezende, do Hospital São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro, e membro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Catarata e Implante Intraocular, explica que as formas de conjuntivite podem ser: bacteriana, viral e tóxica.

“A bacteriana, por exemplo, provoca uma secreção amarelada e é muito contagiosa. Em geral, a sua principal causa é o contato com água contaminada de praias e piscinas”, alerta o médico.

As crianças devem ter atenção redobrada nesses casos, porque acabam transmitindo a conjuntivite para toda a família. “O tratamento é feito com colírio antibiótico, que só deve ser usado sob prescrição médica”, afirma Flávio Rezende.

Consulta fundamental

O oftalmologista faz outro alerta: “É preciso tomar cuidado também com os colírios à base de corticóide, pois o uso prolongado destas substâncias pode provocar catarata precoce, além de outros problemas. Por isso, é importante consultar um médico, que vai recomendar o tipo certo e a dose adequada do medicamento”, fala.

Embora seja simples de tratar, há casos de conjuntivite que evoluem com mais severidade. Segundo Ana Luiza, em alguns casos a pessoa pode desenvolver uma ceratite intersticial, que são manchas esbranquiçadas na córnea que atrapalham a visão. “Esse processo inflamatório embaça a visão e incomoda bastante o paciente. Pode durar um ou dois meses, como pode levar até dois anos para uma resolução ou uma melhora completa. Mas isso não ocorre com a maioria dos casos”, ressalta.

“Uma vez evidenciada a infecção, é importante procurar um oftalmologista, pois existem complicações imediatas, como a pseudomembrana, e tardias, como o turvamento da visão após o fim da conjuntivite. A conduta nesses casos são diferentes”, informa Flávio Rezende.

Higiene

Uma vez contraída a doença, é hora de redobrar a atenção aos hábitos de higiene, já que o ciclo dura, em média, 15 dias, de acordo com a gravidade de cada caso. Evite objetos de uso comum, separe toalhas, travesseiros, tome cuidado ao deitar em sofás ou almofadas que são utilizados por outras pessoas.

Lave constantemente as mãos e evite levá-las aos olhos. Tente evitar ambientes que possuam muita gente, se ausente do trabalho ou da escola. Permaneça a maior parte do tempo em lugares arejados com ventilação natural e evite agrupamentos em ambientes fechados com ar-condicionado. Vale usar também o álcool gel para desinfecção das mãos.

Sintomas da conjuntivite:

– Olhos vermelhos, secreção e lacrimejamento, pálpebra colada pela manhã, sensação de corpo estranho (semelhante a areia), coceira e ardência são alguns dos sintomas.

Precauções para prevenir a conjuntivite:

– Como não é possível saber quem está contaminado pelo vírus antes da manifestação, a prevenção ocorre por meios básicos de higiene. Manter as mãos limpas, não coçar os olhos, não compartilhar colírio, toalhas, fronhas ou maquiagem são algumas medidas. Evite também levar as mãos aos olhos e lave as mãos com freqüência, principalmente após entrar em lugares públicos, como shoppings, academias, clínicas, hospitais e transporte coletivos.

(Danielli Marinho/Especial para brpress)

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