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Vacina contra HPV é recomendada para meninas e meninos que ainda não tenham iniciado vida sexual. Foto: DivulgaçãoVacina contra HPV é recomendada para meninas e meninos que ainda não tenham iniciado vida sexual. Foto: Divulgação

HPV: buraco é mais embaixo

(brpress) - Vírus, que já tem vacina no SUS para meninas, também pode ser transmitido por meio do sexo oral. Por Danielli Marinho.

(brpress) – Vocês são adolescentes e pensam em transar. Se já transam, usam camisinha só de vez em quando – para as “vias de fato” – e morrem de medo de uma gravidez não planejada. Pois bem, ficar grávida sem querer, embora seja uma das maiores preocupações dos jovens, não é o único motivo para o uso de preservativos. Usar camisinha durante as relações sexuais – inclusive sem penetração – também evita a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, ou DSTs, entre elas o HPV (sigla em inglês para Papiloma Vírus Humano), causador de verrugas genitais e até câncer do colo do útero na mulher e de pênis no homem (embora raro).

No entanto, o buraco, com relação ao HPV, é mais embaixo. O médico ginecologista João Leandro Mattos, membro da Sociedade de Ginecologia do Rio de Janeiro e chefe do Departamento de Educação e Saúde da Cruz Vermelha Brasileira, alerta que o HPV também pode ser transmitido por meio do sexo oral. Ou seja, o risco de contrair o vírus não está somente na penetração. No caso do sexo oral, o vírus estaria associado ao câncer de boca e garganta.

Meninas e meninos

João Leandro explica que existem mais de 40 subtipos de HPV e todos são contagiosos. O tipo mais comum e que causa o câncer do colo do útero é o HPV 16, também causador do câncer de boca. As complicações mais comuns são lesões pré-cancerosas e o câncer.

Isso significa que não são apenas as meninas que devem se cuidar para prevenir o HPV. Os meninos também podem ter complicações, como o aparecimento de verrugas na região genital e no pênis.

Vacina

Uma forma de evitar a contaminação é a vacinação, que também já foi liberada para os meninos, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mas está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), , a rede pública de saúde,  somente para meninas de 11 a 13 anos. Até dia 10 de abril, serão disponibilizadas 5 mil doses em postos de saúde e em escolas públicas e privadas de todo o país.. A meta é imunizar 800 mil meninas só no estado de São Paulo e 80%  em todo o Brasil. A vacina também pode ser encontrada em clínicas particulares e custa em média R$ 900.

A vacina, que deve ser tomada em três doses, protege inclusive contra o subtipo HPV 16. Porém, foi desenvolvida apenas para jovens entre 9 e 25 anos, de preferência que ainda não tenham iniciado a vida sexual – e que não tenham tido contato com o vírus. Já existem, no entanto, estudos mostrando que a vacina pode ser eficaz em quem já contraiu o HPV, mas conseguiu eliminar o vírus.

Preservativo

É importante lembrar que a vacinação não descarta o exame preventivo anual. João Leandro orienta que a melhor forma de prevenção é sempre usar camisinha e não ter múltiplos parceiros.

O médico esclarece, abaixo, as principais dúvidas sobre o HPV.

Banheiros públicos

Como todo vírus, o HPV apenas sobrevive dentro de células. Ou seja, você não contrai usando sanitários públicos, banco de ônibus etc. Os meios de contágio são através do contato direto com secreções, como o esperma.

Beijo

O HPV não é transmitido pelo beijo. Mas por meio do sexo oral pode haver contaminação por meio da mucosa da boca, quando um dos parceiros tem o vírus e apresenta lesões, como verrugas, na região dos órgãos genitais.

Camisinha resolve?

O preservativo protege sim, mas se o parceiro tiver, por exemplo, verrugas na área genital onde a camisinha não protege, como o saco escrotal, e houver atrito dessa lesão com a pele da(o) parceira(o), pode haver contaminação.

HPV dói?

Quem tem HPV não sente dor. O vírus só será notado por lesões e verrugas nas áreas genitais ou por meio de exame ginecológico Papanicolaou (preventivo, que deve ser realizado anualmente).

Gravidez

Mulheres grávidas diagnosticadas com o HPV, desde que não tenham lesão aparente, não apresentam grandes riscos de transmissão para o bebê. Apenas há risco, embora pequeno, de o bebê contrair o vírus durante o parto normal se houver lesões nos órgãos genitais da mãe.

(Danielli Marinho/Especial para brpress)

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