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Leitão à pururuca finoLeitão à pururuca fino

Abaixo o peru, viva o leitão!

(brpress) - Porquinho devia ser pequeno o suficiente para oferecer a carne tenra, com pouca gordura, e caber no forno doméstico. Angélica Campos dá a receita.

(brpress) – A função natalina naquela família mineira comandada pela matriarca Miralda começava muito antes do Natal, quando ninguém ainda, entre os adultos, estava interessado na compra de presentes e na montagem da árvore – tudo girava em torno da comida e da “caça” ao leitão.

O porquinho devia ser pequeno o suficiente para oferecer a carne tenra, com pouca gordura, e caber no forno doméstico. Mas grande o suficiente para que todos pudessem se fartar a contento. E bota contento nisso!

Resolvido este impasse e contratado o fornecedor, discutiam-se as receitas e suas variáveis, que não eram tão variáveis assim: o recheio e os acompanhamentos, que se limitavam a uma farofa umidecida pelos sucos do assado e um arroz branco, soltinho, feito na hora da ceia.

Tradição

Ah, e para honrar a tradição portuguesa, passada de mães para filhas, castanhas compradas no empório árabe mais próximo (ok, pode ser no supermercado mesmo) – um luxo! – cozidas na água com sal.

A cozinha mineira, filha dedicada da cozinha portuguesa, incorporou à sua culinária a carne de porco por tradição e por necessidade. Na falta de rebanhos bovinos, provenientes, no período colonial, das distantes terras sulinas, criavam-se os porcos e as galinhas em pequenos espaços, quase sempre soltos, cujas carnes serviam para enriquecer a dieta básica nas Gerais, segundo atesta Eduardo Frieiro, no seu livro clássico sobre a alimentação dos mineiros, Feijão, Angu e Couve.

Mas estas carnes eram servidas apenas em ocasiões especiais: festas religiosas, casórios, batizados, ou quando aparecia uma visita importante. Leitão, só mesmo em ocasiões especialíssimas, como o Natal.

Quer tentar um leitãozinho? Fácil e delicioso…

Modo de fazer:

Limpe o leitão, lave-o bem e esfregue com uma mistura de sal, alho e limão. Em seguida, ponha numa vasilha de barro com mais sal, alho, cebola, vinho branco seco (um copo cheio), duas folhas de louro, pimenta branca. Espalhe bem o tempero e reserve até o dia seguinte.

Asse sem cobertura em forno moderado a quente (pré-aquecido), estimando-se uma hora, aproximadamente, para cada quilo do assado, regando sempre com o suco do leitão e mais vinho branco, para “constipar” a pele e dar aquele aspecto crocante.

Ao final, dê o efeito “pururuca” jogando gordura fervente sobre a pele já tostada.

Enfeite com rodelas de limão e sirva com a farofa de sua preferência.

Bom Natal!!!!

PS: Para aquela apresentação digamos, “clássica”, dobre os pés do leitão como se ele estivesse agachado, e amarre com linha forte ou barbante antes de levar ao forno, para mantê-lo nesta posição.

(Angélica Campos /brpress)

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