A noite ficou verde
(São Paulo, brpress) - Palmeiras, vitória incontestável. Mais: São Paulo acerta ao contratar Ney Franco para técnico e Rafael Toloi para a zaga; Flamengo sonha com Diego e tem Riquelme como plano B. Por Márcio Bernardes.
Márcio Bernardes*/Especial para brpress
(São Paulo, brpress) – Não há o que contestar. Foi uma conquista merecida. Campanha irrepreensível: oito vitórias e três empates. O Palmeiras acaba de ser campeão da segunda mais importante competição brasileira. A Copa do Brasil é também a mais charmosa. E como teve charme essa campanha.
O elenco tem seus limites, as conquistas estavam rareadas, o técnico era contestado até internamente e a diretoria sofria as insuportáveis cornetadas dos próprios palmeirenses. É a mais burra oposição já vista.
Carente de títulos, desconfiada dos vários problemas internos e externos, a torcida estava desiludida. Mas nunca perdeu a fé e agora comemora esse grande título.
Pisada de bola
Não se viu nem Marin nem Marco Polo no palco de premiações montado no gramado do Couto Pereira. Estranha ausência dos homens que mandam na CBF, na final de um torneio promovido pela entidade.
Nenhuma desculpa poderá ser aceita. Nem uma gripe ou enxaqueca justificam a ausência dos cartolas. Por sinal, Marco Polo é conselheiro vitalício do Palmeiras.
Água no chopp
Festa no Pacaembu. Entrega das faixas aos campeões da Libertadores. Time praticamente titular. Não jogaram Leandro Castán, vendido para o Roma, e Emerson e Jorge Henrique, machucados.
Quase 30 mil pessoas no estádio e a certeza que o time sairia da incômoda 19ª. posição na tabela. Esqueceram apenas de combinar com o Botafogo, valente adversário, que ao final do jogo, venceu por três a um, tirando o São Paulo da quarta posição na tabela.
Mantendo a tradição, após a fantástica conquista da semana passada, os jogadores estavam indolentes, falhando muito e comprovando que a ressaca ainda não passou.
A festa deve continuar, mas as vitórias no Brasileiro são necessárias.
E agora, João?
O mundo do futebol comentava nos bastidores que Ricardo Teixeira e João Havelange estavam comprometidos até o pescoço com o chamado escândalo da ISL. A empresa de marketing, que teve ligações comerciais com a Fifa, corrompeu muita gente e, agora se confirma, também os dois brasileiros.
É lamentável o que viveu o futebol brasileiro nos últimos tempos. Compra e venda de apoios, votos e outros desmandos, inclusive com a seleção.
O São Paulo acertou na mosca ao contratar Ney Franco para técnico e Rafael Toloi para a zaga. Certamente o treinador vai arrumar a equipe, que ficará ainda mais forte para a briga pelo Brasileirão. E Toloi é um belo nome para compor a zaga com Rhodolfo. Após tantos erros, finalmente a diretoria do Tricolor deu uma (na verdade duas) dentro.
O Flamengo sonha com as contratação de Diego e tem como plano B, Riquelme Mas se o clube carioca não teve como pagar o salário de Ronaldinho Gaúcho (fato que culminou na saída do meia), como vai pagar um atleta do quilate de Riquelme ou de Diego? Tem coisas no futebol que não dá para entender. Seria ótimo ver Diego de volta ao Brasil, ou Riquelme jogando com a 10 que já foi de Zico. Tomara que o Fla tenha aprendido a lição.
(*) Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e quatro Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo email [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou Facebook.
