Daniel de Oliveira: intensa e mineiramente chegando lá
(São Paulo, brpress) - Com quatro filmes lançados este mês, ator é o nome mais quente do cinema nacional. Ele conversou com Pedro de Luna sobre a arte e a vida.
(São Paulo, brpress) – Mineiramente, ele foi comendo pelas beiradas e se firmou como um dos melhores atores do país de sua geração – isso antes dos 40 anos. Passada mais de uma década desde Cazuza − O Tempo Não Pára, que o projetou de vez no cinema, Daniel de Oliveira pode ter em 2015 o melhor ano desde o início de sua carreira, em 1998.
Este mês, Daniel estará em cartaz em três filmes simultaneamente: A Estrada 47, Sangue Azul – lançado em 04/06 e Romance Policial (com pré-estreia no mesmo dia). Em novembro de 2015, estreia Órfãos do Eldorado. Cada um filmado em um lugar diferente do mundo: Itália, Brasil (Fernando de Noronha e Belém) e Chile (Deserto do Atacama), respectivamente.
Às vésperas de completar 38 anos, em 19/06, o ator comemora a boa fase – ele pediu a mamorada, a atriz Sophie Charlotte, com quem fez um ensaio de moda romântico para Marie Claire Brasil, em casamento – fala sobre as coincidências entre a vida real e a dramaturgia.
O seu personagem não sente remorso de estragar o noivado do amigo de infância com sua irmã?
DO – Olha como a vida imita a vida a arte outra vez… O Rômulo Braga é meu amigo de adolescência, começamos a fazer teatro juntos em Belo Horizonte. É meu parceiro, por isso foi uma boa surpresa saber que ele ia fazer o personagem Cangulo. Não teve remorso por que ele já furou muito o meu olho e eu já furei muito o dele… A gente trocava de namoradas (risos).
É o seu segundo filme com cenas de incesto?
DO – O terceiro. Eu fiz uma cena com o Jackson Antunes, que era o meu pai em A Festa da Menina Morta, agora com a irmã em Sangue Azul e também com a irmã em Órfãos do Eldorado. Incesto é um pouco espinhoso, mas entre pai e filhos é um pouco mais. Tanto que no Festival de Cannes teve gente que saiu da sala nesta cena.
Em Sangue Azul você transa com várias mulheres. No remake de Cabocla você fez o mulherengo Luis Jerônimo, mas isso foi lá em 2004…
DO – Um dia é da caça e o outro do caçador (risos). Eu também fiz o Hiroito de Moraes, que era dono de um bordel na Boca do Lixo, em São Paulo. E que tem todo o respaldo para se apaixonar por uma prostituta, o que aconteceu mesmo.
Se você já não é um símbolo sexual, esse filme pode te alçar a esse posto…
DO – Vai nada, sô (risos). Acho que as pessoas sabem distinguir o Daniel do personagem. Qual é o segredo para chegar aos 38 com essa cara de garoto? DO – Ah, é só felicidade. E aquela aguinha lá de Minas Gerais (risos).
É verdade que pediu Sophie Charlotte em casamento? Como foi?
DO – Sim! Foi na casa do ator Julio Andrade, durante o chá de bebê do filho dele. Levei Sophie para perto do balanço, no quintal, falei algumas coisas, elogiei e, chegando perto do pé de manga, eu disse: “Casa comigo?”.
(Pedro de Luna/brpress, especial para brpress)
Leia mais sobre Sangue Azul aqui.
Leia entrevista com o diretor Lírio Ferreira aqui.
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