Embaixador de Agatha Christie no Brasil
(Torquay, brpress) - Tito Prates, eleito para o “cargo” pelo neto e administrador do legado da escritora, fala sobre sua paixão pela Rainha do Crime. Por Juliana Resende.
(Torquay, brpress) – Tito Prates, embaixador brasileiro de Agatha Christie (“cargo” concedido por Mathew Prichard, neto e administrador do legado da escritora) e um dos criadores da página no Facebook Agatha Christie Brasil & Língua Portuguesa, veio pela segunda vez para o festival internacional que celebra o 125o. aniversário da escritora e fazia sucesso circulando com seu ‘Herculino’, boneco do icônico detetive Hercule Poirot, à tiracolo, pela Torre Abbey, um dos locais do evento em Torquay, na Riviera Inglesa.
“Comecei a difundir a página brasileira de Agatha entre países lusófonos e hoje somos a segunda maior comunidade dedicada à ela do mundo, ficando atrás somente da Holanda”, conta. Mesmo sem nenhum apoio oficial das editoras Nova Fronteira – que publica livros da Agatha Christie no Brasil, agora com o selo HarperCollins Brazil (como uma divisão da editora britânica Harper Collins, publisher da obra de Christie desde 1926, no Reino Unido) – e L&PM, o fã-clube em português só cresce.
Pérola grudada em chiclete
Tito conta que sua paixão por Agatha Christie começou quando uma tia o apresentou ao livro Um Destino Ignorado. “Eu tinha cerca de nove anos e fiquei fascinado pela história da mulher perseguida por um agente secreto deixando como pista uma pérola e um chiclete grudado nos lugares”, diverte-se. Seu livro predileto, no entanto, é Um Crime Adormecido – “com Miss Marple, que adoro”.
Aos 20 anos, Tito Prates já havia lido todos os livros de Agatha. “Alguns reli umas sete, oito vezes”, diz. Ele também é autor de dois livros sobre Agatha Christie: Viagem à Terra da Rainha do Crime (um guia de viagens pelo Reino Unido com base na vida e obra de Christie, editado em Portugal, pela Chiado Editora, e que agora será distribuído no Brasil) e a biografia Agatha Christie from My Heart, que está no prelo.
Tito se orgulha de ser o proprietário da maior coleção de livros de Agatha Christie no Brasil e de uma invejável coleção particular de relíquias (como seu primeiro livro publicado em português brasileiro, O Mistério do Trem Azul, de 1933) e reportagens sobre a escritora verdadeiramente raros. Ele planeja uma exposição deste material, que deveria ter acontecido este ano mas foi postergada, devido à vinda de Tito ao festival.
Leia mais sobre o Festival Internacional Agatha Christie aqui.