Brasileiros associam ler à ascensão social
(brpress) - Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, maior já feita no país sobre hábitos dos leitores no país, revela que 35% dos entrevistados dizem conhecer alguém “que venceu na vida” por meio da leitura.
(brpress) – A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, a maior já feita no país sobre hábitos dos leitores brasileiros, revela que 35% dos entrevistados dizem conhecer alguém “que venceu na vida” por meio da leitura. E desses 35%, 45% dizem que esse alguém que “venceu na vida” graças à leitura é da própria família; outros 41% que é um amigo, 5%, “alguém famoso” e 9%, “outras pessoas”.
A pesquisa, iniciativa do Instituto Pró Livro, realizada pelo Ibope Inteligência dentro de uma ação do Programa Nacional de Leitura e Livros, com a coordenação do Observatório do Livro e da Leitura, mostra que os exemplos familiares e do círculo social ainda são os maiores influenciadores na formação da imagem que o leitor médio brasileiro tem do livro e da leitura como ferramenta eficiente para a mudança de vida das pessoas.
A percepção de que a mudança de status social é possível através do livro e da leitura tem sido contemplada pelas políticas públicas do governo federal, com ações como a desoneração em até 11% no PIS e Cofins sobre a produção do livro e especialmente via projetos como o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL).
Mãe é principal influência
A influência da mãe (ou responsável mulher pela família) nos hábitos de leitura é preponderante: 73% das crianças citam as mães como maior influenciadoras. Na resposta estimulada em que se podia escolher duas alternativas, a figura da mãe alcançou 49%, seguida pela da professora, com 33%; do pai com 30%; outro parente com 14%; amigo com 8%; padre, pastor ou líder religioso com 5%; colega ou superior no trabalho com 2%, outros com 3% e ninguém como influenciador de sua leitura, 14%. Apenas 1% disse não saber ou não opinou.
A pesquisa mostrou também que a família pode, inversamente, influir na formação de não leitores, quando os membros da família não oferecem o exemplo de ler ou não detém a posse de livros.
Um primeiro trabalho no sentido desta pesquisa já havia sido realizado, envolvendo a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e outras instituições.