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Quem dá mais?

(brpress) - Pouco importa. O que deve ser analisado é o que queremos ou não queremos receber, e até compartilhar, dentro de uma relação. Por Sandra Maia.

Sandra Maia*/Especial para brpress

(brpress) – Decidi trabalhar nessa questão depois de ler o debate sobre a última coluna,   “Acostumando-se a migalhas”. Rapidamente, um ou outro inicia o diagnóstico, a análise, o julgamento e a condenação de outro, por um único motivo: diferenças! Parece bobo, pois um assunto complexo não deveria ser encarado com esse simplismo. Nesse sentido, não importa quem dá mais ou quem dá menos numa relação. Tampouco importa a forma! A referência, lembre-se, é sempre de cada um.

Por isso, o que deve ser analisado é o que queremos ou não queremos receber, e até compartilha,  dentro de uma relação – seja profissional, afetiva, familiar ou amorosa. Numa relação saudável, o que conta é o espaço para um e outro atuar como indivíduo. E, como tal, respeitando seus sonhos, desejos, necessidades, neuroses, etc, etc.

A escolha é sempre nossa. Agora o que precisa ser levado a sério, depois da escolha de viver a dois, é compreender que não dá para tirar leite de pedra! Ou seja, cada um dá o que tem e pode! E  isso não é bom ou ruim. É o que é!

Muita exigência

Vale, nesse contexto, uma auto-análise até para entender se não estamos querendo demais. Se não estamos viciados no controlar ou amar demais – se não estamos dependendo demais desse outro… E então, não adianta conformar-se com o que se recebe ou brigar por mais. A questão talvez seja outra… E passa por um amplo processo de autoconhecimento – para que, a partir de então, possamos encontrar energia em diferentes fontes.

Quer um exemplo? A relação não pode ser tudo. A relação é parte. Podemos cuidar do nosso corpo, da nossa mente, do nosso emocional. Podemos nos amar. Gostar de quem somos, do que fazemos, como agimos. Podemos ler mais, ouvir mais música, ficar mais tempo com os amigos, estudar, rir, brincar…

Podemos afinal VIVER E DEIXAR VIVER. E, para isso, não precisamos esperar O GRANDE DIA. Aquele em que o outro entrará pela mesma porta – mas diferente de como sempre entrou. O GRANDE DIA – no qual o outro nos pegará no colo, nos colocará no seu cavalo branco e nos fará felizes para sempre!

Será mesmo possível viver com esse compasso, com essa dinâmica – À ESPERA, AMARGURADO, VITIMIZADO? Será que estamos esperando demais? 

À espera

Outro dia, conversando com uma amiga, ficou fácil compreender que, sim, às vezes esperamos algo fantasioso… Ela me contava que se envolvera com um homem casado. No início, era uma brincadeira, mas tudo ficava mais sério à medida que o tempo passava… Estava então no triângulo… À espera de viver o que o outro já vivia… À espera, imaginando que poderia tudo e ao mesmo tempo não tinha nada!
 
Não posso afirmar que relações desse tipo tenham um final feliz. Nem tampouco que tenham um final infeliz. Por vezes, acontece e serve como aprendizado… A questão é sempre: o quanto vamos nos impor de sofrimento? O quanto vamos nos punir por um algo que não sabemos nem o que é…

Desequilíbrio

Nesses casos a relação pode ter como base – de novo – migalhas: o outro não tem tempo; ou ainda caviar todos os dias: o outro exagera para compensar a culpa… Enfim, de uma forma ou outra, trata-se de uma relação dividida, desequilibrada, normalmente com dia e hora para terminar…

Nesse contexto é melhor termos compaixão por nós, por nossas escolhas, nossas decisões. Que elas possam, ao longo do caminho, se tornar melhores, nos fazer mais felizes. Então,fica aqui meu convite para que reflita. Quanto da sua felicidade está realmente em suas mãos, sob sua responsabilidade?

Poder excessivo

Não acredito que possamos dar tanto poder ao outro. Será mesmo que basta este nos dar mais que migalhas para, então finalmente, acordarmos felizes?
Na vida não há mágica. Não dá para esperar pelo outro e atenção: não dá para mudar nada no outro. Isso não funciona. Ao contrário, só aumenta nossa neurose em querer fazer com que o mundo gire do nosso jeito. Isso está a um passo da INFELICIDADE!

Quanto dos seus sonhos você ousa viver ou sonhar? O que está esperando para começar a ser quem realmente é? Talvez, ao responder essas questões, a questão do como vem se alimentando – com migalhas ou manjar dos deuses – não faça tanta diferença… Nesse caso, você aos poucos entenderá que não importa quantas fontes – e sim – o que nos faz bem. Melhores. Possíveis. Escolhas…

(*) Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris. Fale com ela pelo e-mail [email protected] ou pelo Blog do Leitor.

Sandra Maia

Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris, e teve sua coluna licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil e A Tribuna (Vitória-ES).

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