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FOTO - Os homens do pequeno grande elenco de 39 Degraus.Erik Almeida/DivulgaçãoFOTO – Os homens do pequeno grande elenco de 39 Degraus.Erik Almeida/Divulgação

Hitchcock pulsa no palco

(São Paulo, brpress) - Contextualizada politicamente antes da Primeira Guerra, 39 Degraus (sem o "Os" do original) foi trazida ao Brasil praticamente pronta de NY, onde está em cartaz simultaneamente a Londres. Por Juliana Resende.
(São Paulo, brpress) – Hitchcock ficaria em êxtase ao assistir à montagem brasileira de  seu 39 Degraus (The 39 Steps), em cartaz no Teatro Shopping Frei Caneca. O teatro total executado pelo elenco – cinco atores se desdobrando maravilhosamente em 30 papéis – misturado ao texto inteligente e elegante deste clássico da espionagem britânica de alcance global deixa o público em êxtase.

 “Brincamos com todos os faz-de-conta, recursos corporais e até sombras, que só são possíveis no teatro”, diz Dan Stulbach, o único que vive somente um personagem: o charmoso, sedutor e entediado Richard Hannay. É numa noite existencialista que começa a aventura que o levará a uma viagem pela Escócia (talvez um dos momentos mais brilhantes da peça), rumo a um desfile de personagens excêntricos.

 Prêmios

Contextualizada politicamente antes da Primeira Guerra, 39 Degraus (sem o “Os” do original) foi trazida ao Brasil praticamente pronta de NY, onde está em cartaz simultaneamente a Londres, e arrematou os prêmios Tony e Drama Desk Award. Mas o diretor Alexandre Reinecke garante que há um quê brasileiro na montagem: “Montamos em dois meses, pra começar”, brinca. “E os atores têm nosso timing também”.

Em cena, Stulbach, Danton Mello, Henrique Stroeter, Fabiana Gugli (excelente como a espiã Anabella Schmidt) e Paulo Ivo (stand in de Stroeter e Mello), fazem cerca de 130 trocas de roupa em um espetáculo de versatilidade acima de qualquer suspeita. 39 Degraus consegue, com pouco cenário, emergir o espectador até a cabeça num universo hitchcockiano: nevoeiro, gente estranha, diálogos sem sentido e situações intrigantes. “É o tipo de peça que só aparece uma vez na vida”, diz Reinecke, que assina também a adaptação do texto com Clara Carvalho.

“Foi o Jô quem me indicou essa peça. Disse que eu tinha de ver. Em NY, foi o que fiz”, conta Stulbach. Um mês depois, ele recebeu um telefonema o convidando para ser Richard Hanny. “Nunca recusaria essa experiência única em teatro”, festeja o ator, que passou a malhar diariamente para aguentar o tranco em cena.

Sessões: sexta, às 21h30 e domingo, às 18h30 com ingressos a R$ 70,00; sábado, às 21h, com  ingressos a R$ 80,00. Até 28/11.

Vendas www.ingressorapido.com.br ou 4003-1212, e bilheteria de terça a domingo, das 13h às 19h e até o início das sessões em dias de espetáculo.

Teatro Frei Caneca – Rua Frei Caneca, 569; (11) 3472-2226

(Juliana Resende/brpress)

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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