Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Cena de Novelo: comportamento masculino posto à prova em cena.DivulgaçãoCena de Novelo: comportamento masculino posto à prova em cena.Divulgação

Homens enroscados em cena

(São Paulo, brpress) - Novelo, em cartaz no Espaço dos Paralapatões, fala sobre o comportamento masculino por meio da história de cinco irmãos. Lucianno Maza conferiu.
(São Paulo, brpress) – Nos últimos anos muito tem se falado e discutido sobre o universo masculino. Após séculos relegado à superficialidade machista, o homem encontra agora eco na contemporaneidade não apenas como sexo forte, mas também como ser frágil, problemático e dotado de maior subjetividade. Essa abertura de pensamento tem gerado vários livros, filmes e peças de teatro que colocam esse o “novo” homem, tomando a liberdade de expor suas mazelas. Este é o caso da peça Novelo, em cartaz no Espaço dos Paralapatões.

 O espetáculo fala sobre o comportamento masculino por meio  da história de cinco irmãos. Eles se encontram na sala de espera de um hospital, onde o pai que os abandonou na infância pode estar morrendo.

Vítimas e algozes

 Apesar de filhos da mesma ausência, cada um formou-se na maturidade de uma maneira própria: há o pai de família protetor, o bruto insensível e poderoso, o homossexual intelectual e individualista, o perdedor alcoólatra  e o caçula descompromissado. Cada um traz a chaga da falta paterna em forma de problemas de relacionamentos.
 Ao mesmo tempo em que são mostrados como vítimas, também têm contradições morais e de caráter. Enquanto fazem tricô e aguardam a confirmação de que o homem à beira da morte é o genitor da família (a dúvida paira sobre os mais jovens, que não tiveram tanto contato com ele), os cinco relembram momentos determinantes de suas infâncias. Estes surgem em flashbacks, formando um quebra-cabeça dos caminhos da vida deles até chegarem àquele ponto.
 Melodrama e direção criativa

 Apesar de sensível, o texto de Nanna de Castro acaba espelhando o olhar feminino da autora, e o resultado são personagens com uma carga passional e feminina muito maior que o verossímel. Isso faz a trama se tornar um melodrama menos interessante e mais emotivo que emocionante.

A dramaturgia cresce nos bons momentos em que é mais seca, sem compaixão com seus personagens e, principalmente, quando cita o pai tão misterioso aos filhos em cena como ao público que assiste à história.

 Quem acerta é Zé Henrique de Paula, que dirige o espetáculo valorizando a comoção que o texto provoca, sem, no entanto, insistir ou frisar os tons mais dramáticos, apostando numa espécie de solenidade. 
Sessões: quartas e quintas, às 21h. Até 28/10.
Ingressos: R$ 30,00.
Espaço dos Parlapatões – Praça Roosevelt, 158; (11) 3258-4449
(Lucianno Maza, do Caderno Teatral / Especial para brpress)
Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate