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Gentileza é sempre bom

(brpress) - Esta semana, o tema da reflexão é algo que me encanta... Quero falar sobre a diferença de comportamento entre homens e mulheres – modernos e antigos. Por Sandra Maia.

Sandra Maia*/Especial para brpress

(brpress) – Esta semana, o tema da reflexão é algo que me encanta… Quero falar sobre a diferença de comportamento entre homens e mulheres – modernos e antigos.

Vamos pensar em modernos como sendo aqueles que vivem na época atual. São evolucionistas, progressistas, inquietos. E antigos, aqueles que vivem como outros que existiram em tempos precedentes ao nosso. São conservadores, apegados, temem a mudança.

Ser moderno é no mínimo difícil diria. Primeiro porque deveríamos ver e viver as relações de forma leve, descontraída – com a sabedoria dos que já viveram, amadureceram e sabem o valor de cada escolha. O problema é: como ter uma atitude moderna numa sociedade que pensa às antigas?

Tradicionalismos

 Como ser moderno se o que se espera de cada um de nós é tudo o que qualquer sociedade, com suas regras e leis, determina como direitos e deveres? Como ser moderno se adoramos gentilezas tradicionais?

As mulheres querem  um homem atual,  mas com um pouco de romantismo. Valorizam as gentilezas, a delicadeza, o carinho, a atitude… E na relação? O que querem afinal? Aquele que liga a cada mês só para dar uma atualizada ou aquele que envia mimos e se compromete todo o tempo?

Essa escolha parece fácil mas não é! No mundo atual temos pressa, não temos tempo. Queremos atenção, mas se ela vêm alem da dose  para o que entendemos como certo não agüentamos. Queremos o outro – mas queremos que seja do nosso jeitão. Às vezes não respeitamos. Atropelamos, passamos por cima de tudo o que poderia ser uma história.

Nesses nossos tempos “modernos” a comunicação acaba sendo uma armadilha… Celular, SMS, e-mails, Facebook, Orkut, Twiter, telefone, Skype etc, etc… ou seja, invadimos e somos invadidos todo o tempo. Queremos tudo do outro – ou não queremos nada.

Esperamos que o outro – como um Don Juan – nos conquiste a cada segundo, a cada minuto… E, nos esquecemos que nem mesmo Don Juan daria conta de tamanha disponibilidade, de tamanha liberdade de entrar e sair da vida de um outro a qualquer momento do dia ou da noite…

Trabalheira

É, meus caros, ser moderno dá trabalho. É preciso estar disponível para tudo e todos a toda hora, aqui e agora… E, então, eis a escolha: como trocar todas essas possibilidades pela companhia de um único amor? Será isso possível? Será possível viver uma história de amor nesse mundo  virtual? Será que o outro agüentaria – ou melhor estaria também disponível – para viver uma “loucura”? Para esquecer de pensar se está sendo antigo ou moderno?

A questão que fica e não quer calar é: viver nessa roda viva – 24 horas sobre 24 horas – com o outro, em qualquer desses meios de comunicação ou ao vivo e em cores, nos tira da possibilidade de amadurecer. Crescer. Evoluir…

 É claro que o outro nos ajuda nessa missão. Mas não deveria ser o foco em si. Enquanto estamos por aí, esperando o telefone tocar, o SMS chegar, o e-mail abrir, o Twiter seguir, etc, etc… A vida passa…

 Outro dia, escutei uma historia horrível… O namorado que obrigava a namorada a enviar as fotos de onde estava para que ele pudesse ter a certeza de que ela falava a verdade… Intimidade? Não, controle, posse, qualquer coisa que não é uma relação de amor…
 
Velhos tempos

 Por isso tudo, às vezes acredito que em tempos antigos a vida passava num outro ritmo. A ansiedade era diferente. O controle não tão presente. As relações tinham como base o compromisso, a escolha. E não a falta de controle, a inexistência da auto-estima, a falta do que fazer – ou melhor, o desamor pelo sonho, por si mesmo…

O homem moderno, ao que parece, perdeu a conexão interna. A conexão deixou de existir… E, como vivemos assim, “isolados”, a busca pelo outro se torna frenética ao invés de prazeirosa, cheia de momentos felizes de gentilezas e elegância…

Relacionamento, afinal, demanda troca. E isso quer dizer a existência de dois seres íntegros. Livres. Completos… Modernos ou antigos – mas envolvidos. Dá para mudar? Uma boa forma seria exercer o auto-controle e não o controlar o outro… Saber o que vai dentro, o que precisamos e não se perder tentando entender o que vai dentro do outro, o que este gostaria. Escolhas, sempre escolhas…

 
 
(*) Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris. Fale com ela pelo e-mail [email protected] Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou pelo Blog do Leitor.

Sandra Maia

Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris, e teve sua coluna licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil e A Tribuna (Vitória-ES).

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