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Bailarinos da Cia. Deborah Colker desafia a gravidade em parede  de sete metros em VeRo. Foto: DivulgaçãoBailarinos da Cia. Deborah Colker desafia a gravidade em parede de sete metros em VeRo. Foto: Divulgação

Deborah Colker para ver antes da Rio 2016

(São Paulo, brpress) - Cia da coreógrafa que dirige a cerimônia de abertura da Olimpíada no Maracanã desafia a gravidade em VeRo.

(São Paulo, brpress) –  Está trancada a sete chaves qualquer informação antecipada de como será a cerimônia de abertura da Rio 2016 sob a direção de Deborah Colker. A brpress assistiu à Tatyana, trabalho que a coreógrafa levou ao Festival Internacional de Edimburgo, na Escócia, a bordo do London 2012 Festival, as Olimpíadas Culturais promovidas em 2012 pelo governo britânico paralelamente aos Jogos de Londres, onde conversamos com Deborah. Foi uma noite incrível e a companhia que leva o nome da coreógrafa foi ovacionada.

  Quatro anos se passaram e agora Colker ensaia seis mil voluntários nos segmentos de coreografias. Os ensaios começaram no final de maio em um enorme espaço com tendas e marcações ao ar livre, que imitam o estádio do Macaranã, onde a cerimônia de abertura da Rio 2016 acontece em 5 de agosto. Antes da festa carioca, o público pode assistir à Cia de Dança Deborah Colker na turnê do espetáculo VeRo – até dia 01/07 no Teatro Alfa, em São Paulo. 

Deborah resolveu juntar partes de Velox, espetáculo lançado em 1975, e Rota, de 1997, dois dos maiores sucessos de público da companhia, com mais de dois milhões de espectadores, para criar VeRo. Em seu primeiro ato, os movimentos Ostinato, Cotidiano e Sonar utilizam o vocabulário do balé clássico e da dança contemporânea, brincando com gestos do dia a dia e movimentos no solo, imprimindo força, leveza, humor, velocidade e dinâmica – marcas registradas da coreógrafa.

Ritmo e precisão

Com um repertório de gestos ordinários transformados em movimentos carregados de intenção, mas fora de seus contextos, VeRo evoca o drama, a comédia, o lúdico e o patético, mesclando ritmo e precisão na busca pelo equilíbrio perfeito. No fundo da cena, o palco verticaliza-se em uma parede de sete metros de altura, onde os bailarinos realizam um balé aéreo desafiando a lei da gravidade com uma mistura de Kung Fu, atletismo e jogos olímpicos – para entrar no clima.

No segundo ato, os bailarinos se deslocam em estado de flutuação, como astronautas dentro de uma nave sem gravidade. Os movimentos ganham novas densidades, em meio a manobras milimétricas e vagarosas, que demandam equilíbrio e resistência muscular extremos. A companhia experimenta várias possibilidades de caminhar em suspensão, em todos os sentidos e direções. 

Por fim, uma roda de cinco metros de altura toma conta do palco. Inspirada nos parques de diversões e na rotação da Terra, a roda é a mais perfeita tradução material da investigação em torno da física e da mecânica do movimento. Todos os movimentos dentro e fora da roda buscam a circularidade. Em fluxo contínuo, os bailarinos dançam sob forças centrífugas e centrípetas. A ação se propaga por cada uma das seis escadas e pelos meandros da roda, desenhando uma profusão de imagens de grande impacto visual.

Vitalidade e perigo

VeRo coloca em cena a eletrizante combinação de vitalidade e perigo. Como em todos os demais trabalhos de Deborah Colker – ex-jogadora de voleibol, antes de virar bailarina – , há uma ocupação radical do espaço cênico. A direção de arte e cenografia é de Gringo Cardia, a iluminação de Jorginho de Carvalho e os figurinos de Yamê Reis. VeRo será visto pela primeira vez em uma turnê especial que viajará nos meses de Junho e Julho pelo estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.

Ingressos para VeRo no Teatro Alfa, em São Paulo, aqui.

Assista a Deborah Colker falando da abertura da Rio 2016:

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