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YAMAM - Israel's National Counter-Terror UnitBrasil compra armas de Israel utilizadas na Palestina. Foto: Israel Police

Brasil pede paz mas compra armas de Israel

Apesar da retórica pacifista e pró-Palestina do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), governo financia indústria bélica israelense.

(brpress) – A guerra entre Israel e Hamas chega ao 60o. dia nesta quinta-feira (07/12). Segundo o ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas desde 2007, 15.899 pessoas morreram pelos bombardeios israelenses no território palestino, desde 7 de outubro. E o Brasil, apesar da retórica pacifista e pró-Palestina do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segue comprando armas e veículos blindados de Israel. 

Em outubro último, a Câmara dos Deputados do Brasil – com o apoio do Partido dos Trabalhadores – votou pela renovação de três acordos de cooperação com Israel, incluindo um para combater o crime organizado. O professor de Relações Internacionais da PUC-SP Bruno Huberman observa que os laços entre Israel e o Brasil realmente se aprofundaram quando o Partido dos Trabalhadores estava no poder, particularmente na área de cooperação em segurança.

Drones

O conflito israelo-palestino segue sem previsão de fim evidenciando a supremacia militar e também o desprezo do país pelas leis internacionais que regem conflitos armados. O exército de Benjamin Netanyahu bombardeou e invadiu o hospital al-Shifa e atirou com drones em campos de refugiados palestinos, segundo testemunhas ouvidas pelo programa PM, da BBC Radio 4.

O governo Lula não atendeu ao pedido da Frente Povo sem Medo de romper o acordo feito por Jair Bolsonaro (PL) com a AEL, subsidiária da Elbit Systems, maior empresa privada militar israelense, que fabrica drones armados amplamente utilizados nos ataques em Gaza, entre outros armamentos.

A Elbit Systems foi uma das responsáveis pela construção ilegal do muro israelense e até hoje provê e mantém seus sistemas de vigilância, assim como os sistemas das colônias ilegais na Cisjordânia. Além disso, a Elbit também produz fósforo branco, cujo uso por Israel durante seus ataques à Palestina.

“Não adianta o Brasil pedir paz, mas comprar armas israelenses que sustentem a ocupação”, diz Huberman.

“Isto cria uma contradição”, continua Huberman, sobre a posição de Lula sobre as ofensivas militares de Israel e a sua aceitação de Israel como um parceiro de segurança interna. “Os palestinos pediram o fim das relações militares [entre Brasil e Israel]”, ressalta o professor, em entrevista à rede árabe de notícias Al Jazeera, numa reportagem comparando a Faixa de Gaza com as favelas e regiões “conflagradas” do Rio. 

Da Palestina às favelas

Esse tipo de armamento tem sido utilizado nas favelas brasileiras na chamada “guerra às drogas”. Em 2013, o estado do Rio de Janeiro assinou um acordo com a empresa israelense Global Shield para a compra de veículos blindados para sua polícia militar. A Polícia Militar de São Paulo apresentou metralhadoras Light Negev, calibre 7,62 mm, compradas da Israel Weapon Industries Ltd.

“Tecnologias militares testadas em palestinos são usadas no Brasil”, escreve Fransergio Goulart, coordenador da Iniciativa por Direito à Memória e Justiça Racial,  organização que atua com ações de enfrentamento à violência de Estado, num artigo sobre operações policiais para reprimir gangues nas favelas. 

A polícia matou mais de 6.400 pessoas somente em 2022 no Brasil – 83% delas negras, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 

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