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Empreendedorismo feminino é alternativa ao desemprego. Foto: CoWomenEmpreendedorismo feminino é alternativa ao desemprego. Foto: CoWomen

Empreendedorismo feminino ganha visibilidade em novembro

No Brasil, mulheres são 46% dos empreendedores iniciais mas enfrentam mais desafios que os homens na hora de prosperar.

(brpress)  – O empreendedorismo é uma atividade informal para muitas mulheres brasileiras, que são 52% da população. A informalidade explica o fato de elas comandarem apenas por um terço do total das pequenas empresas do Brasil? Esse é um dos temas a serem discutidos na Semana Nacional do Empreendedorismo Feminino, celebrada anualmente em novembro. 

As brasileiras são responsáveis pelo gerenciamento e sustento de mais de 48% dos lares do país, segundo dados do Grupo Globo e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa quase o dobro do percentual levantado em 1995 ― que era de 25% ― e aumenta exponencialmente quando segmentamos os 20,65 milhões de lares de baixa renda no país, dos quais 81,6% são chefiados por mulheres. 

Então, por que as brasileiras comandam apenas 10 milhões dos 30 milhões de pequenos empreendimentos do país? Os números são do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que promove no Brasil a Semana Global do Empreendedorismo, de 13 a 19 de novembro.

No Brasil, as mulheres são 46% dos empreendedores iniciais (com negócios de até 3,5 anos de idade). Apesar do número expressivo, elas ainda enfrentam mais desafios que os homens na hora de fazer o negócio prosperar.

Jornada dupla ou tripla

Os desafios são imensos para mulheres tocarem seus próprios negócios. Não apenas pela dupla jornada, ao cuidar de si, da casa, dos filhos e geralmente também dos pais idosos, e do próprio negócio. Mas por falta de oportunidades, capacitação e educação (incluindo a cultura empreendedora). Isso quando ela não enfrenta a jornada tripla, trabalhando também em outro emprego.

O empreendedorismo femino cresceu como uma alternativa ao emprego, já que as mulheres enfrentam o maior índice de desemprego no Brasil (14,9% contra 12% dos homens). Quando empregadas, as brasileiras recebem salários 20% menores em média do que os homens e ainda lidam com até três vezes mais casos de assédio moral e sexual no trabalho, conforme indica o levantamento da Mindsight.

Mulher emprega mulher

Uma pesquisa do Instituto Rede Mulher Empreendedora (RME) revelou que negócios gerenciados por mulheres tendem a empregar mais outras mulheres. Nesse universo, o número de mulheres empregadoras cresceu 30% entre 2021 e 2022, somando 1,3 milhão de mulheres que geram postos de trabalho, promovendo a inclusão e a igualdade de gênero no mercado brasileiro, que também é afetado pelo racismo estrutural.

Na Islândia, país líder em igualdade de gênero que tem muito menos problemas que o Brasil, a desigualdade e o assédio no trabalho foram motivo de uma greve de mulheres.

19 de novembro

A luta pela igualdade é global e o quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) fixados pela Organização das Nações Unidas (ONU),  que busca empoderar todas as mulheres e meninas no mundo. Nesse sentido, a ONU reconheceu o potencial do empreendedorismo feminino com a criação de um dia para celebrá-lo: 19 de novembro. Desde 2014, mais de 150 países aderiram ao calendário.

No Brasil, o cenário pouco favorável pode melhorar com políticas públicas e apoio a projetos visando o empoderamento e reconhecimento da potência do empreendedorismo feminino e de seu impacto positivo na economia e sociedade. Segundo o RME, para fortalecer os empreendimentos de mulheres, é necessário adotar medidas-chave, como garantir oportunidades de acesso a mercados. 

Comprar de mulheres

Políticas de compras afirmativas também devem ser implementadas para incentivar grandes empresas a adquirirem produtos e serviços de empreendimentos liderados por mulheres. Nesse sentido, há diversos grupos que fazem essa ponte, como Mulheres no e-Commerce, PretaHub e Todas Elas, da Fundação Assis Chateuabriand. 

A WeConnect International, cuja conferência regional estava prevista para acontecer em São Paulo, de 08 a 09 de novembro, no Hotel Renaissance, oferece, além de capacitação e networking, a certificação “Empresa de Mulher” (Women-Owned Business).

“Trata de um processo que avalia e formaliza se uma empresa pertence a uma ou mais mulheres em pelo menos 51%, de acordo ao padrão universal reconhecido pelas equipes de compras das principais corporações globais”, explica Luciana Barella, gerente de mercado para o Brasil e Cone Sul da organização.

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