DNA dos hormônios

(São Paulo, brpress) - Especialista belga e médico cearense explicam o poder da Modulação Hormonal Bioidêntica, na abertura do I Congresso Latino-Americano da World Society of Anti-Aging Medicine. Por Juliana Resende.

(São Paulo, brpress) – Uma das mais complexas áreas da medicina – a endocrinologia – foi tema de abertura do I Congresso Latino-Americano da World Society of Anti-Aging Medicine (Wosaam), nesta sexta-feira (07/10). Sua complexidade, avanços e fascínio, assim como seu potencial para revolucionar com cada vez mais qualidade a longevidade hoje tão celebrada da vida humana, fazem da terapia baseada em Modulação Hormonal Bioidêntica (MHB) um fator imprescindível na modernização, não só das especialidades médicas tradicionais, como dos sistemas de saúde pública e previdência. 

O impacto da pesquisa em MHB pode ser sentido nas apresentações do médico e pesquisador belga Thierry Hertoghe, presidente da Sociedade Internacional do Hormônio (IHS, singla em inglês) e autor de vários livros essenciais na compreensão desta especialidade, como The Hormone Handbook, que lançou e autografou durante o Congresso.

Tendo como tema central o envelhecimento causado por deficiências hormonais – do embrião à velhice, passando pela infância e a adolescência – Dr. Hertoghe discorreu sobre casos de hipotiroidismo, mostrando impressionantes exemplos de sintomas e sinais físicos, resultando em distúrbios de crescimento, desenvolvimento sexual, neuropsicológico e cognitivo, além de obesidade.

Hipotiroidismo

Mostrando a influência dos homônios não só internamente como também externamente e como estes afetam, além do comportamento, a aparência dos seres humanos, Dr. Hertoghe provocou especial atenção da plateia com relação aos tratamentos de déficits hormonais da tireóide e sua especial prescrição de medicações e doses, que podem ser utilizados inclusive em fetos.

“A deficiência de hormônios de uma das principais glândulas de nosso organismo acarreta a diminuição da produção de outros hormônios essenciais, como o GH (do crescimento), hormônios sexuais, entre outros”, salienta o médico. “Quando vários hormônios se mostram deficientes, o paciente é levado a uma senilidade precoce. Com bases científicas modernas, podemos atuar de maneira preventiva no controle destas taxas hormonais em todas as fases da vida”.

Pandemia hormonal

Neste quesito, o médico cearense Dr. Ítalo Rachid, diretor-científico do Grupo Longevidade Saudável, especializado em Medicina Anti-Aging pela Universidade de Harvard e um dos pioneiros em modulação hormonal no Brasil, é categórico: “A deficiência de hormônios é a maior pandemia da atualidade”, ressalta.

“Vivemos mergulhados num mundo de deficiências hormonais – e elas não começam somente na fase adulta, começam já no útero da mãe. Portanto, os estudos do Dr. Thierry fornecem subsídios para a medicina acessar a melhora da qualidade de vida do ser humano mesmo antes do nascimento, orientando e tratando gestantes”, avalia Dr. Rachid.

Prevenção

“É preciso investir em prevenção para conquistarmos mais qualidade na quantidade”, diz, referindo-se ao aumento da expectativa de vida da humanidade em geral e à inestimável contribuição que a fisiologia hormonal pode dar em termos de longevidade qualitativa, chegando às massas, em concomitância com a medicina tradicional. “Por isso, resolvemos compartilhar estes conhecimentos por meio do grupo Longevidade Saudável”, explica.

“A descoberta e utilização de equivalentes artificiais dos hormônios humanos é uma revolução”, classifica, prevendo que a mesma será concretizada com utilização da MHB em escalas globais, invertendo a equação dos sistemas de previdência e apostando na prevenção de doenças e do envelhecimento precoce.

“Precisamos aposentar a aposentadoria!”, brinca Dr. Rachid, decretando a iminente falência dos sistemas de saúde pública dos países desenvolvidos. nas próxima décadas. Apesar de universalmente revolucionários, os estudos desmitificam tratamentos com hormônios mostrando que, quando usados corretamente, a individualidade de cada caso é a chave para resultados bem-sucedidos. “Podemos alterar o estado de conservação, mas não o tempo de fabricação”, salienta Dr. Rachid.

(Juliana Resende/brpress)