Damares chama Sara Winter de ‘filha’
Ministra critica aborto legal em menina estuprada que teve identidade revelada por extremista que chama de "parceira" em vídeo deletado.
(brpress) – A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, chamou a militante bolsonarista Sara Winter de ‘filha’, ‘amiga’ e ‘parceira’ em vídeo da campanha eleitoral de Bolsonaro e cogitou nomear para Secretaria Nacional da Mulher, quando assumiu ministério – época em que foi denunciada por adoção ilegal.
Em nota, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) negou que tenha vazado informações sobre a menina de 10 anos que fez um aborto legal – criticado por Damares Alves e objeto de uma campanha difamatória nas redes sociais, onde Sara revelou a identidade e o endereço da instituição de saúde em que o procedimento foi realizado.
O ato levou a militante bolsonarista ser processada pela Frente Parlamentar da Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente por ferir o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A militante responde: “Sou”. E Damares, sorrindo em vídeo retirado do ar, continua: “Orgulho de ser amiga, parceira e mãe de Sara Winter”.
“Curada”
No tempo em que se declarava feminista, Sara saiu às ruas com os dizeres “#ForaBolsonaro” pintados nos seios. Em maio de 2016, no entanto, ela anunciou uma “parceria política” com o então deputado federal. Na ocasião, Bolsonaro gravou um vídeo ao lado dela dizendo que a ex-feminista estava “curada”.
As imagens, nas quais Damares Alves também diz ter orgulho de Sara, foram uma contribuição para a candidatura dela à Câmara dos Deputados pelo DEM, partido do qual acabou expulsa após ser presa por protestos e incitação de violência contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
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