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Jean-Philippe ChauzyJean-Philippe Chauzy

Êxodo de médicos preocupa IOM

(Genebra, brpress) - Maioria dos médicos deixa o país para clinicar nos EUA, Inglaterra, Canadá ou África do Sul, segundo Organização Internacional para a Migração. Por Rui Martins.

(Genebra, brpress) – A maioria dos médicos formados em Gana deixa o país para ir clinicar nos EUA, Inglaterra, Canadá ou África do Sul, e o país perde os US$ 150 mil investidos em média em cada estudante de medicina. Essa é uma constatação da Organização Internacional para a Migração (IOM, International Organization for Migration, em inglês), em Genebra, e que afeta outros países africanos. É a chamada “fuga de cérebros”, numa referência à perda de profissionais qualificados atraídos por condições de pesquisa e salários mais valiosos em outros países.

Mas também se pode falar em “fuga de competências”, expressão utilizada pela IOM, numa série de levantamentos feitos no oeste da África, iniciados com Gana, onde o êxodo de médicos, que certamente afeta a saúde pública, chega a se refletir na falta de professores em universidades de ciências médicas.

 
Jean-Philippe Chauzy, chefe do serviço de mídia e comunicação da IOM, revela um panorama desolador: os médicos e enfermeiras formados em Gana partem em grande número principalmente para a Grã-Bretanha (por ser uma ex-colônia do país)  e para os EUA. Porém, existem fluxos para o Canadá e África do Sul.

 
Vagas nas universidades

O relatório mostra também que essa fuga de competências tem um impacto não só na questão do acesso da população de Gana aos serviços de saúde, mas na formação de novos médicos. Constata-se que 60% dos lugares nas universidades continuam vagos por não haver pessoas competentes e com experiência para formar novos profissionais de saúde.

Essa situação, embora não seja nova, vem se agravando com a recente decisão de países da União Européia de só aceitar e regularizar a entrada de imigrantes qualificados. Em outras palavras, apesar de não fazerem investimentos na área médica e científica nos países africanos, as nações desenvolvidas se apoderam dos profissionais mais qualificados vindos de continentes pobres.

 
Segundo Chauzy, essa situação não ocorre apenas nos países africanos do Oeste de língua inglesa e francesa, mas também nos de língua portuguesa, como Angola, “portanto, na diáspora angolana e moçambicana”.

Resgate do conhecimento

Como o imigrante e a nação que o acolheu não têm obrigação de indenizar o país que pagou pela qualificação do profissional, a IOM propõe o modelo do projeto Migração pelo Desenvolvimento. Ou seja: o compromisso voluntário do imigrante em voltar por um período de tempo para transmitir o conhecimento adquirido no exterior, ou parcerias como a feita pelo Brasil com Moçambique, para formação de cientistas locais na produção de vacinas.

(Rui Martins/Especial para brpress)

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