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Nelson Motta: "Quis abordar o melhor de Glauber". Uran Rodrigues/galeriacn.blogspot.comNelson Motta: “Quis abordar o melhor de Glauber”. Uran Rodrigues/galeriacn.blogspot.com

Glauber com pegada pop

(brpress) - Em nova biografia, Nelson Motta conta o melhor da história de Glauber Rocha, estrela da geração que projetou o cinema brasileiro para o mundo, morto há 30 anos.

(brpress) – A estação das flores acaba de despontar, mas a primavera de que tratamos aqui já está plenamente consolidada. Para alegria de seus fiéis leitores, Nelson Motta passeia sob o sol da Bahia, pelas ruas e becos de Salvador e faz incursões pelo misticismo do sertão nordestino na melhor das companhias: o “dragão” e amigo de fé Glauber Rocha. Tudo isso sem abandonar o glamour de Paris e Cannes, no início dos anos 1960.

Em seu novo livro, A Primavera do Dragão – A Juventude de Glauber Rocha (Objetiva, 368 págs., R$ 56,90), com lançamento previsto para esta semana, o escritor reconstrói a juventude inquietante do cineasta baiano e a criação do Cinema Novo, que revolucionou a estética cinematográfica brasileira.

Humor

Com a mesma pegada pop e o talento para resgatar histórias bem-humoradas de seus livros anteriores, o autor de Noites Tropicais e Vale Tudo traça o panorama de uma geração que inscreveu o Brasil no mapa do cinema internacional e arrancou elogios de expoentes da intelectualidade francesa como Truffaut e Sartre.

No livro, Nelson evoca o nascimento do cineasta em Conquista, no interior baiano. Refaz as andanças do artista pela efervescente capital baiana, geralmente acompanhadas do amigo de toda uma vida, João Ubaldo Ribeiro.

Recorda as experiências ainda embrionárias de Glauber no cinema, com os curtas-metragens Pátio e Cruz na Praça e o primeiro longa Barravento, produzidos sob o impacto de Rio 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos, e do neorrealismo italiano, de Rossellini.

Antes da fama

Descritos com cortes cinematográficos, seu foco são os anos que antecederam ao estouro de Deus e o Diabo na Terra do Sol, obra-prima do Cinema Novo, até a disputa do filme em Cannes com Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos, seu mestre e guru.

“Quis abordar o melhor de Glauber e os anos de ouro do cinema brasileiro”, afirma Motta, que relata ter sentido uma emoção semelhante à primeira audição de Chega de Saudade, com João Gilberto, ao ver Deus o e Diabo na Terra do Sol.

“Filmado quase integralmente em Monte Santo, no sertão baiano, Deus e o Diabo é uma história dramática, com planos sequenciais extraordinários, além de ser o marco cinematográfico de uma geração. Os relatos por trás da realização do longa-metragem revelam os bastidores quase inverossímeis de um dos principais filmes de todos os tempos”, aponta o autor.

Resultado de mais de 20 anos de pesquisas e depoimentos inéditos de familiares – a mãe de Glauber, D. Lúcia Rocha, foi uma das principais colaboradoras –, o livro é uma obra leve e densa na medida certa, característica dos trabalhos mais admiráveis de Motta.

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