Looks masculinos dão show à parte no BAFTA

O apresentador David Tennant ousou com design de inspiração sino-escocesa e outros atores apostaram no oposto ao pretinho básico.

(Londres, brpress) – Estilosíssimo, o ator escocês (Dr. Who) deu leveza e graça o British Academy Film Awards (BAFTA) 2024, que aconteceu no Royal festival Hall, em Londres, no último domingo (18/02) – e que levou a elegância avec exuberância masculina a um novo patamar. Isso sem a presença sempre reluzente de Timotheé Chalamet. 

Tennant protagonizou uma entrada triunfal na cerimônia, carregando o cachorrinho Bark Ruffalo (sim, uma “homenagem” a Mark Ruffalo), que ele teria de tomar conta para o ator galês Michael Sheen, com quem fez inesperado sucesso na pandemia com o dueto via zoom Staged. Sheen, que estava na plateia, e acabou aceitando ficar com Bark no colo para que o colega desse cabo da apresentação da 77a. edição do BAFTA. 

A piada deixou tudo mais descontraído e o cãozinho branco caiu nas graças até de Emma Stone, vencedora do BAFTA de Melhor Atriz, por Pobres Criaturas. Uma pitada de humor inglês para evitar as gags sem graça das quais os americanos são mestres e que arruinam premiações – especialmente o Oscar. 

Ano do Dragão

David Tennant foi fotografado no tapete vermelho antes da premiação com o um terno digno do Ano do Dragão – inspiração da estilista chinesa Demon Zhang, que assina a indumentária. Ex-assistente de Alexander McQueen e John Galliano, Zhang é atual diretor criativo da Mithridate, marca britânica que mostrou sua coleção de outono-inverso 2024 na London Fashion Week, em curso até terça (20/02). 

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Depois, Tennant subiu ao palco num look ainda mais alegórico: um casaco do tipo usado com o kilt (a saia masculina escocesa), que seria uma mistura do Leão escocês e do Dragão chinês. Peça exclusiva, com fundo filosófico: a criação “investiga temas da existência individual e as intrincadas relações entre a humanidade e a natureza em três dimensões”: segundo comunicado da Mithridate. Sendo elas tempo, identidade e destino.

“O traje de palco de David Tennant incorpora elegantemente esses conceitos, apresentando um exemplo de vestimenta de premiação para homens no seu melhor”, diz Demon Zang.

O estilista parece determinado a criar looks masculinos que ousam fugir do smoking pretinho básico – no qual só uma belezura como David Beckham ainda chama atenção.

Andrew Scott

Se o azul royal tomou os ternos nos tapetes vermelhos nos últimos anos (Tom Cruise que o diga), vimos um ousado vermelho neste BAFTA, incorporado por Andrew Scott (Todos Nós Desconhecidos/All of Us Strangers,2023). O tuxedo escarlate Berluti coroou uma temporada em que o ator inglês tem transformado a alta costura masculina em algo casual. 

James McAvoy e Barry Keoghan

Palmas também para o paletó branco de James McAvoy sob o preto total e, como poderíamos deixar de notar, para o irlandês Barry Keoghan (Saltburn). Surpreendentemente jovial e moderno num conjunto verde Burberry, foi uma das poucas aparições do ator sem aquela pinta chav-chic que resvale no mau gosto e geralmente tem dominado seu guarda-roupa.

Bradley Cooper

Keoghan segue na disputa na categoria de novo do cinema britânico com o conterrâneo Paul Mescal, meio apagado de terno preto pseudo-moderno, ao contrário de Bradley Cooper, um luxo de sobretudo e calça meio flair – tudo no velho e bom all black. 

(Juliana Resende, brpress)

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